Brasília – O operador Lúcio Funaro assinou ontem o acordo de delação premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República). Ligado ao PMDB e ao ex-deputado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, que também está preso, Funaro promete revelar novos detalhes de esquemas de corrupção envolvendo o presidente Michel Temer e políticos com foro privilegiado – a maioria do PMDB.
O operador chegou a cogitar a delação no início do ano, mas as negociações não avançaram e ele trocou de advogados algumas vezes.
Em maio, quando a irmã dele Roberta Funaro foi presa na operação Patmos, deflagrada a partir da delação de executivos da JBS, Funaro decidiu fazer delação e se concentrou nas tratativas, trocando novamente de advogado para começar a rascunhar os anexos – fatos e personagens que ele pretendia entregar.
Funaro contratou o mesmo escritório que defende o também doleiro Alberto Youssef. O jurista Antônio Figueiredo Basto é especialista em delações premiadas.