Economia

Emprestômetro registra mais de R$ 30 bi liberados a micros e pequenas empresas

O maior volume de recursos liberados até o momento foi realizado pelo Pronampe

São Paulo – A plataforma de monitoramento do Ministério da Economia conhecida como Emprestômetro atingiu a marca de R$ 33,73 bilhões em empréstimos concedidos aos pequenos negócios, com 380 mil contratos efetuados por meio de programas públicos de acesso ao crédito em todo o País. Isso representa menos de 5% do total de empresas desse porte (6,3 milhões).

O maior volume de recursos liberados até o momento foi realizado pelo Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), com R$ 18,7 bilhões, e pela linha de crédito oferecida pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), com garantias do FGI (Fundo Garantidor de Investimentos), que já alcançou R$ 6,2 bilhões em valor contratado.

Lançado há um mês, o Emprestômetro contabiliza, em tempo real, os empréstimos realizados por meio de programas públicos de acesso a crédito. A ferramenta foi desenvolvida e é operacionalizada pela Sepec (Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade) do Ministério da Economia, com apoio do Sebrae.

De acordo com a Subsecretária de Desenvolvimento de Micros e Pequenas Empresas, Empreendedorismo e Artesanato do Ministério da Economia, Antônia Tallarida, a iniciativa conseguiu dar transparência ao uso dos recursos públicos para as linhas de crédito que foram lançadas para mitigar os efeitos decorrentes da pandemia do novo coronavírus na economia e seguirá sendo aperfeiçoada para ampliar as informações disponíveis. “Hoje, o foco da ferramenta está nas linhas anunciadas, mas daqui para frente queremos monitorar os empréstimos normais. Vamos olhar as operações recorrentes das instituições financeiras, acompanhar as taxas de juros e o tíquete médio das operações, por exemplo, entre outros indicadores, para entendermos se as ações que vamos fazer de forma transversal vão continuar melhorando o acesso a crédito como as ações emergenciais em prática já melhoraram”, destacou.

Outra linha de crédito acompanhada é a realizada pelo Fampe (Fundo de Aval às Micros e Pequenas Empresas), constituído pelo Sebrae com a Caixa. Desde abril, o banco é uma das 12 instituições financeiras conveniadas para operacionalizar os recursos do Fundo que complementa garantias nos empréstimos contratados pelos pequenos negócios. O Fampe/Caixa concedeu quase R$ 2 bilhões em crédito para os pequenos negócios por meio de 25 mil contratos, com maior volume de desembolso nos meses de maio e junho. A expectativa é de que, até o fim do ano, as operações do Fampe permitirão a concessão de aproximadamente R$ 7,5 bilhões em crédito.

Pronampe

O governo federal deve liberar neste mês mais R$ 12 bilhões para o Pronampe. O reforço de crédito para as micros e as pequenas empresas já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e depende agora de sanção presidencial. A expectativa é de que as instituições financeiras que aderiram ao programa tenham acesso ao recurso até o dia 15 de agosto.

De acordo com dados do Emprestômetro, dos R$ 18,7 bilhões liberados pelo programa até agora, 65,1% foram para pequenas empresas e 25,34% para microempresas, com número de contratos muito próximos, sendo 46,8% para microempresas e 40,2% para pequenas empresas.

O Bancoob e o Sicredi, que aderiram ao programa recentemente, estão entre as cinco instituições financeiras que mais liberaram crédito, com quase R$ 2 bilhões contratados.


BRDE tem aumento de 60% nas operações de crédito

Curitiba – O BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) registrou de janeiro a julho mais de R$ 600 milhões em operações de crédito em todo o Paraná, volume 60% superior ao do mesmo período de 2019. O montante compreende investimentos em diversas linhas como agro, inovação, sustentabilidade e recuperação econômica no Paraná.

Outro destaque foi o rápido retorno do Banco diante das incertezas provocadas pela pandemia do novo coronavírus. O BRDE lançou o Programa Recupera Sul, que destinou mais de R$ 300 milhões, por meio de recursos próprios, para os empreendedores paranaenses amenizarem os efeitos da crise.  Com a ação, estima-se que pelo menos 16 mil empregos foram resguardados, evitando um colapso na economia do Estado.

O Banco também implantou uma mudança operacional. Com as recomendações de distanciamento social e o fortalecimento do universo digital, o BRDE acelerou o processo de digitalização e, ao completar 59 anos, disponibilizou uma plataforma digital que o aproxima do público e oferece soluções diretas e rápidas para financiamentos.

“Esse movimento estava previsto para 2021, mas as circunstâncias nos fizeram acelerar. Hoje, pelo internet banking, o paranaense consegue movimentar processos, solicitar financiamentos e ter atendimento especializado da equipe, tudo a distância e de forma acessível”, explica o diretor de operações do BRDE, Wilson Bley Lipski. “É uma conquista para o Banco e para os paranaenses”, destaca.

Investimentos

No setor agro, os investimentos do banco ganham destaque. Com o encerramento do último Plano Safra, de julho de 2019 a junho de 2020, o total de investimentos do BRDE ultrapassou R$ 330 milhões para as mais diversas finalidades como expansão e construção de aviários, investimento em plantio e colheita e aporte para compra de maquinários, por exemplo.

Outros setores são destacados nesses primeiros sete meses de 2020. Considerando o porte de empresas, por exemplo, só para micros, pequenas e médias foram liberados R$ 447 milhões, contra R$ 192,9 no ano passado, o que representa 132% de crescimento.

Segundo semestre

Para este segundo semestre, os planos de expansão continuam. Só no Plano Safra 2020-2021, por exemplo, o BRDE já oficializou: pelo menos R$ 460 milhões serão disponibilizados para o Paraná e mais R$ 100 mil para o Mato Grosso do Sul. Além disso, projetos ligados à inovação, sustentabilidade, empreendedorismo e recuperação econômica também continuarão sendo contemplados.

“Foi um primeiro semestre intenso. Mobilizamos novos fundings, disponibilizamos recursos próprios, criamos uma força-tarefa de atendimento ao paranaense. O ano de 2020 ainda não acabou e continuaremos salvaguardando empregos, auxiliando empresas, oferecendo suporte para o agronegócio e fazendo com que as engrenagens da economia continuem girando”, finaliza o diretor.