Política

Discussão sobre fogos com som alto avança, mas votação é adiada

O assunto rendeu bastante discussão nos dois dias

Discussão sobre fogos com som alto avança, mas votação é adiada

Foi adiado por cinco sessões o Projeto de Lei 163 de 2019, que trata da proibição da queima e da soltura de fogos de artifícios de altos estampidos e outros artefatos pirotécnicos de efeito sonoro ruidoso que causem poluição sonora acima de 85 decibéis em Cascavel. O projeto foi aprovado na segunda-feira em primeira discussão, porém nessa terça (7) os vereadores decidiram adiar a votação para analisar melhor o artigo que fala sobre os decibéis permitidos.

O assunto rendeu bastante discussão nos dois dias.

O projeto foi apresentado pelos vereadores Rafael Brugnerotto (PL), Serginho Ribeiro (PDT) e Policial Madril (PSC), que há anos estudam a questão e já promoveram duas audiências públicas para debater com a comunidade o assunto. “Os fogos com estampidos provocam sofrimento severo em pessoas com espectro autista, idosos, acamados e doentes em recuperação, especialmente para pessoas que estão em tratamento de câncer”, argumenta Rafael Brugnerotto.

“Quando se trata de pessoas e animais com hipersensibilidade auditiva, o barulho excessivo não é apenas um incômodo, é uma tortura”, reforça Serginho Ribeiro, que defende também a realização de campanhas educativas sobre a soltura de fogos de artifício no Município. “Podemos mudar a cultura das festas e das comemorações. Uma ideia é investir mais em cultura, shows de artistas locais, campanhas solidárias e menos neste tipo de atividade que prejudica a vida alheia”, sugere o vereador.

O projeto estipula a proibição de queima ou soltura de fogos de artifício que provoquem ruído acima de 85 decibéis. Os demais tipos de fogos continuam permitidos. As infrações cometidas por pessoas física ou jurídica serão multadas no valor de 20 UFMs e, em caso de reincidência, a multa será dobrada. Empresas podem perder o alvará de funcionamento caso reincidam na infração.

Outro lado

A discussão de ontem ficou em cima de dois aspectos: a possibilidade de a lei prejudicar os comerciantes dos fogos e de até quanto seria possível permitir o ruído. Após várias opiniões contra e a favor, os vereadores decidiram estender o prazo para que o assunto possa ser mais bem estudado.