Política

Hospital Municipal: Com plenário lotado, projeto será votado só em 2020

Os pedidos foram aprovados com seis votos a favor de dois contrários.

Reportagem: Cláudia Neis

Cafelândia – A sessão extraordinária para a avaliação do projeto do modelo de gestão do Hospital Municipal de Cafelândia, pronto desde 2017 e ainda sem funcionamento, começou com o plenário lotado e ânimos exaltados. A população inflamada por discursos a favor da abertura imediata da unidade e o prefeito Estanislau Mateus Franus requerendo direito de fala deram o tom confusão no início dos trabalhos do Legislativo na tarde de ontem (23).

O projeto para que a administração do hospital seja cedida a uma empresa privada, por meio de licitação, foi protocolada pelo Executivo na última quinta-feira (19) e deveria ser avaliada pelos vereadores sem passar pelas comissões. Por isso, os presidentes das comissões requeriram que o projeto fosse retirado de pauta e avaliado conforme manda o regimento interno da casa de leis.

Os pedidos foram aprovados com seis votos a favor de dois contrários.

Diante da situação, novamente os ânimos ficaram exaltados tanto entre a população que assistia quanto entre vereadores, que acusavam outros de “assassinarem” a população por serem contra o hospital.

O presidente da casa pediu para que o projeto enviado pela prefeitura fosse lido e explicou que não há parlamentar contrário à abertura da unidade, mas que o objetivo da retirada é para sanar as dúvidas em relação ao funcionamento da cessão, que teria prazo de dez anos e poderia ser renovada por mais dez.

A vereadora Solange Ferreira Silva Koehler questionou o prazo de três anos para que o projeto fosse elaborado e que agora, em uma sessão, sem mesmo ser analisado pelos vereadores, ele teria que ser aprovado às cegas.

Ela reafirmou a necessidade de analisar os termos da cessão e verificar quais serão os reais benefícios para a comunidade.

Já o vereador Fabio Lima, a favor da avaliação imediata do projeto, argumentou que o custo para o Município da cessão seria de cerca de R$ 400 mil, enquanto os custos atuais com transporte de pacientes para outros municípios e atendimentos nos postos de saúde passam dos R$ 500 mil por mês.

No projeto, o Executivo está proposto que todas as licenças necessárias para a abertura da unidade, bem como a contratação de funcionários, fiquem por conta da empresa que ganhar o certame.

O projeto deve voltar à pauta apenas no próximo ano.