Os números alarmantes de ligações informando situações falsas e que mobilizam equipes do Corpo de Bombeiros e da Guarda Municipal de Cascavel fizeram com que o Conseg (Conselho Comunitário de Segurança Pública) de Cascavel elaborasse uma campanha de conscientização e um plano para punição dos autores. “Tanto no Corpo de Bombeiros quanto na Guarda Municipal mais de 30% das chamadas diárias são trotes. É muito preocupante! Nós vamos elaborar uma campanha para conscientizar a sociedade de que passar trote é crime e que pode trazer prejuízos graves, além dos financeiros, causados pelo deslocamento de equipes a ocorrências que não existem”, alerta o presidente do Conseg, Clóvis Petroceli.
Os órgãos foram orientados para agir na punição dos autores. “Nós orientamos principalmente o Corpo de Bombeiros, que fica com os números das ligações registrados, que procure a Polícia Civil e registre boletim de ocorrência, pois é crime e quem faz isso precisa ser punido”, afirma o presidente.
Clóvis cita uma situação registrada na última segunda-feira (18). Várias viaturas do Siate, inclusive o médico plantonista, foram até o Centro para atender uma pessoa esfaqueada em uma loja. Era mentira. “Os socorristas disseram que a pessoa chorava e dava detalhes da situação… impossível de se pensar que era mentira. Assim, toda a equipe foi até lá e não havia nada. Além do gasto com o deslocamento, também há a possibilidade de uma situação real acontecer e a equipe estar mobilizada atrás de uma mentira”.
A campanha idealizada pelo Conseg deve circular ainda este ano na mídia, e prevê ações em escolas para informar as crianças e os adolescentes sobre a gravidade do ato.
Punição
A punição para quem aplica trote a serviços de urgência e emergência pode ser de um a três anos de detenção, além de multa. Há duas leis vigentes: a Lei Estadual 17.107/2012 prevê multa equivalente a R$ 208. E, em Cascavel, a Lei Municipal 6394/2014 estabelece multa equivalente a R$ 220, podendo ser dobrada em caso de reincidência ao proprietário de linha telefônica ou responsável pelo acionamento indevido dos serviços de emergência.