Cascavel – A perda de otimismo que já havia sido registrada na indústria de transformação paranaense no mês passado atingiu em julho também o setor da construção civil. É o que revela o mais recente levantamento da Fiep (Federação das Indústrias do Paraná) sobre o nível de expectativas do empresário industrial do Estado em relação à economia e a seus negócios.
O Icic-PR (Índice de Confiança da Indústria de Construção) caiu 4,9 pontos de junho para julho, fazendo com que o indicador chegasse a 45,4 pontos, alcançando a área de pessimismo – abaixo de 50 pontos – pela primeira vez depois de 13 meses.
A redução registrada em julho é atípica, segundo a Fiep, já que, tradicionalmente, o Icic-PR costuma apresentar aumento neste mês. O principal motivo da queda foi a redução de 6,3 pontos no Índice de Expectativas, um dos subindicadores da pesquisa, que capta a percepção do empresário da construção em relação à economia para os próximos seis meses. Isso ocorreu mesmo com a maioria dos indicadores de atividade futura do setor apresentando resultados positivos. Houve aumento nos indicadores relacionados ao nível de atividade para os próximos seis meses, às compras de insumos e matérias-primas e aos novos empreendimentos e serviços.
De acordo com a Fiep, apesar dessas perspectivas, no setor da construção fatores externos às empresas continuam tendo mais peso para que os empresários se sintam pessimistas em relação aos próximos meses. Entre eles, a não aprovação de reformas estruturantes, os impactos negativos que a greve dos caminhoneiros causou na economia e o cenário eleitoral bastante indefinido.
Indústria
O comportamento do Icic-PR neste mês acompanhou a queda que já havia sido observada em junho no caso da indústria de transformação paranaense. Em julho, o Icit-PR (Índice de Confiança da Indústria de Transformação) voltou a registrar leve retração, desta vez de 0,2 ponto, chegando a 47,7 e permanecendo na área de pessimismo pelo segundo mês consecutivo.
A redução registrada na indústria de transformação ocorreu principalmente pela retração de 1,3 ponto no Índice de Condições, que mede o sentimento dos empresários em relação ao momento atual. Já o Índice de Expectativas, que mede as perspectivas para os próximos meses, subiu 0,4 ponto, chegando a 51,0 pontos. A recuperação do indicador, no entanto, ainda esbarra nas mesmas incertezas em relação principalmente ao cenário eleitoral.