Brasília – O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, reuniu-se nessa quarta (20) com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming. O encontro foi divulgado pela própria embaixada, que afirmou que ele ocorreu por videoconferência.
“[Os dois] conversaram sobre a cooperação antiepidêmica e de vacinas entre os dois países”, diz mensagem no Twitter, afirmando que a China “continuará unida” ao Brasil no combate à pandemia “para superar em conjunto os desafios colocados pela pandemia”.
O governo de Jair Bolsonaro tenta se reconciliar com a China, país de onde virão os insumos para a produção de vacinas, no Brasil, contra o novo coronavírus.
O país tem retardado o envio dos produtos.
Depois de dezenas de críticas disparadas no ano passado contra o país asiático por auxiliares do presidente, pelo filho dele, o deputado Eduardo Bolsonaro, pelo chanceler Ernesto Araújo e pelo próprio presidente, a administração agora busca uma reaproximação.
Pedido à Índia
Outra frente tenta agilizar a liberação dos 2 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca da Índia. O governo brasileiro tem discutido com autoridades indianas a divulgação de um comunicado público no qual o país asiático garanta que elas serão enviadas ao Brasil no curto prazo.
O Brasil chegou a adesivar um avião para buscar a carga no último fim de semana, mas ele não chegou a decolar. Esta semana, a Índia começou a exportar o imunizante, mas o Brasil não entrou na lista, tampouco há previsão de isso acontecer.
Sem essas doses, o País ficará sem vacina até março, já que as 6 milhões de Coronavac já foram distribuídas aos estados e há apenas 4,8 milhões em fase final de produção. Tanto o Butantã, que produz a Coronavac, quanto a Fiocruz, que vai produzir a vacina da AstraZeneca, estão sem insumos para concluir os imunizantes. A matéria-prima vem da China.