Saúde

Doenças raras afetam 13 milhões de brasileiros

Atualmente, existem de 5.000 a 7.000 tipos dessas doenças.

Imagine se toda a população da cidade de São Paulo fosse composta apenas por pessoas que sofrem de doenças raras. Isso ilustra a quantidade de pessoas acometidas por doenças raras no Brasil: 13 milhões de brasileiros, segundo pesquisa da Interfarma.

Para ser considerada rara, a doença deve ter uma prevalência de até 65 casos por 100.000 habitantes, sendo que de 50% a 70% das pessoas afetadas pela doença são crianças.

Atualmente, existem de 5.000 a 7.000 tipos dessas doenças. Esses números, no entanto, seguem aumentando regularmente, já que, com frequência, são descritas novas doenças raras na literatura médica.

A maioria das doenças raras – um número em torno de 80% – tem origem genética. O restante decorre de infecções bacterianas e virais, alergias, ou mesmo causas degenerativas. Cerca de 75% delas se manifestam ainda no início da vida, por volta dos cinco anos de idade, e são elas as responsáveis por grande parte da morbimortalidade nos primeiros 18 anos de vida.

Diagnóstico

O diagnóstico é um dos principais desafios enfrentados na jornada do paciente com doenças raras, principalmente aquelas de origem genética. Os sintomas, em sua maioria, podem ser confundidos com os de outras patologias, dificultando e retardando o diagnóstico. Isso gera um impacto em toda a jornada do paciente, no início do tratamento adequado e na evolução da doença.

Em todo o mundo, pacientes consultam mais de sete médicos (7,3 em média) antes de receber um diagnóstico preciso, de acordo com pesquisa do Journal of Rare Disorders (JRD). Além disso, os sinais podem ser inespecíficos ou de gravidade variável.

“Nesse cenário, é de extrema importância uma conscientização a respeito dos sinais e dos sintomas das doenças e dos tratamentos, além da capacitação dos médicos sobre a relevância de perceber os sintomas para diagnóstico precoce”, avalia Daniela Carlini, diretora médica de doenças raras da Sanofi Genzyme.

Doença de Gaucher

Pacientes da Doença de Gaucher, por exemplo, podem ver seus sintomas surgirem a qualquer momento ao longo da vida, seja na infância ou mesmo na idade adulta. A maioria dos casos, no entanto, aparece até a adolescência. O diagnóstico de Gaucher pode demorar até dez anos. Por apresentar sintomas semelhantes a outras doenças (como aumento do baço e/ou fígado, diminuição de plaquetas, entre outros), aproximadamente 25% dos pacientes não têm acesso ao tratamento adequado por conta do diagnóstico tardio.

Doença de Fabry

A Doença de Fabry, uma doença genética rara da família das DDLs (doenças de depósito lisossômico), é crônica, progressiva e, como as outras da sua família, hereditária. Isso porque seus pacientes herdam um gene da alfa-galactosidase A (α-Gal A) com uma mutação que o torna incapaz de produzir quantidade suficiente de uma enzima. Essa enzima quebra a substância gordurosa globotriaosilceramida (GL-3) para que seja removida do corpo, e a deficiência enzimática leva, portanto, ao acúmulo dessa substância. Os estudos mostram que costumam passar aproximadamente 15 anos desde o início dos sintomas até o diagnóstico da doença.

MPS

Sintomas e sinais como baixa estatura, contraturas articulares, opacidade de córneas, aumento da língua, baço e fígado costumam aparecer durante a primeira infância. Aumento dos lábios, dificuldade respiratória, infecções de repetição, dor de cabeça, vômitos, irritabilidade e sonolência podem estar presentes ao longo de toda a vida. Em função da variedade de sintomas, há dificuldade no diagnóstico de MPS e muitos pacientes passam por mais de dez consultas médicas até serem encaminhados para o especialista correto.

Doença de Pompe

Também é uma doença genética progressiva rara que, quando não tratada, se agrava com o tempo. Em média, o diagnóstico demora de 7 a 9 anos. É causada pela deficiência na atividade da enzima alfaglicosidade ácida (GAA), que gera o acúmulo gradativo de glicogênio em células musculares e interfere na função celular. Consequentemente, o indivíduo apresenta fraqueza muscular que afeta a movimentação, a respiração e a função cardíaca. Os músculos respiratórios, glúteos, do abdome e das coxas costumam ser os primeiros a apresentarem alterações no seu funcionamento e fraqueza.

Tratamento e novidades

Para se aprofundar e entender essas doenças e suas respectivas terapias inovadoras, a Sanofi Genzyme investiga, descobre e proporciona terapias transformadoras a pacientes com necessidades médicas especiais e não atendidas, dentre elas as doenças raras e neurológicas.

“Ainda que as terapias oferecidas não proporcionem a cura dessas doenças, elas conseguem conferir aos pacientes mais qualidade de vida e minimizar os impactos dos sintomas no dia a dia”, reforça Daniela Carlini.

Desde 1981, a companhia pesquisa e desenvolve produtos biológicos para enfermidades raras, como as doenças de depósito lisossômico, por exemplo.

Sobre a Sanofi Genzyme

A inovação para a ciência é um dos pilares da Sanofi Genzyme, a unidade de negócios global de doenças de alta complexidade da Sanofi, focada em cinco áreas: doenças raras, esclerose múltipla, oncologia, imunologia e distúrbios raros do sangue.

Dedicada a transformar os novos conhecimentos científicos em soluções para os desafios de saúde, com tratamentos para doenças normalmente difíceis de diagnosticar e caracterizadas como necessidades médicas não atendidas, a Sanofi Genzyme foi a primeira a desenvolver terapia de reposição enzimática para doenças de armazenamento lisossômico (LSDs).

Fundada como Genzyme em Boston (Estados Unidos) em 1981, rapidamente cresceu para se tornar uma das principais empresas de biotecnologia do mundo. A Genzyme tornou-se parte da Sanofi em 2011.

Com mais de 100 mil pessoas em 100 países, a Sanofi está transformando inovação científica em soluções de cuidados com a saúde em todo o mundo.