Uma pessoa que come muitos hambúrgueres tem grandes chances de ter aumento de colesterol e, por consequência, obesidade. Assim como nas caixas de cigarro, os consumidores deveriam ser advertidos das consequências em comer algumas coisas. As mudanças nas dietas foram vertiginosas nos últimos anos e, segundo o nutricionista Diogo Círico, da Growth Supplements, a tendência é piorar.
Comer mal, diz ele, não propicia apenas a obesidade, diabetes ou problemas cardíacos: além da existência de alergias, intolerâncias e outros transtornos leves descobertos recentemente, os maus hábitos alimentares podem levar à morte precoce. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a geração nascida após os anos 2000, por exemplo, pode ter uma expectativa menor do que a anterior.
Segundo Manuel Serrano-Ríos, médico e professor da Universidad Complutense, em Madrid, na Espanha, a dieta inadequada é mais grave do que fumar, porque os impactos sentidos por uma má alimentação impacta mais sistemas do corpo — assim, ele defende que as campanhas feitas sobre o cigarro deveriam se estender para as comidas “negativas”, como hambúrgueres e doces, por exemplo.
A obesidade — primeira doença não infecciosa que a OMS declarou uma pandemia — é a consequência mais visível de uma má alimentação. A necessidade de voltar à dieta tradicional também possui outros fatores, como o surgimento recorrente de novas alergias e intolerâncias. No entanto, há uma dificuldade de diagnosticar os efeitos da má nutrição. como transtornos sem gravidade que vão diminuindo a qualidade de vida ou questões que só são levadas à sério quando já são doenças mais graves.
Os nutricionistas costumam consentir que as necessidades do corpo devem ser atendidas principalmente com uma alimentação adequada, isto é, sem necessariamente precisar de suplementação (como Whey Protein ou BCAA). As refeições básicas precisam oferecer nutrientes vitais como vitaminas, minerais, fibras, carboidratos, proteínas e gorduras, todos com seu papel específico no metabolismo humano.
Porém, alguns desses fornecem energia e calorias que colaboram na realização de trabalhos físicos e que regulam situações como aumento ou redução de peso: os carboidratos, proteínas e gorduras — os chamados “macronutrientes”.
Para Diogo Círico, da Growth Supplements, quando há pouca ingestão desse tipo de nutrientes por parte dos indivíduos, a solução pode estar em uma espécie de suplemento: os de tipo hipercalórico, utilizados justamente para equilibrar uma dieta alimentar pobre em macronutrientes.
“As pessoas imaginam que estes suplementos aumentam as taxas de gorduras, mas isso só acontece, de fato, quando há um desajuste na quantidade de suplemento consumido ou dos ingredientes utilizados para sua fabricação”, explica.
Os chamados hipercalóricos são uma espécie de refeição líquida que pode substituir uma refeição comum por possuir todos esses elementos. Empresas brasileiras como a Growth possuem até mais de um tipo desse suplemento, um com nutrientes de lenta digestão, e outro que fornece grande quantidade de calorias, mas que possui digestão rápida. “Tudo depende da dieta”, finaliza.