POLÍTICA

Vereador Edson Souza cobra explicações sobre contratos com o Aquila

Foto: Secom/Arquivo
Foto: Secom/Arquivo

Cascavel - Após diversos questionamentos feitos pela reportagem do jornal O Paraná sobre os contratos firmados entre o Município de Cascavel e o Instituto Áquila, alvo de críticas desde que o município recebeu o título de “Cidade Excelente” — premiação concedida justamente em parceria com o instituto contratado durante a gestão do ex-prefeito Leonaldo Paranhos, o vereador Edson Souza (MDB) protocolou dois requerimentos solicitando informações detalhadas à Secretaria Municipal de Finanças sobre os serviços prestados pelo Instituto Áquila de Gestão e pela Escola de Gestão Áquila.

Nos documentos, o vereador pede cópia integral dos contratos assinados pelo Município, bem como eventuais aditivos, empenhos de pagamento e notas fiscais emitidas. O parlamentar questiona, entre outros pontos, o período de vigência, forma de contratação e resultados obtidos; quantidade de horas de consultoria contratadas e executadas; valores totais pagos pela Prefeitura; relação dos servidores designados como gestores e fiscais dos contratos; currículos e carga horária dos profissionais do Áquila que atuaram em Cascavel; listas de presença e comprovação de treinamentos supostamente realizados junto a servidores municipais.

Contratos milionários

As cobranças do parlamentar se somam ao que foi revelado pelo jornal O Paraná, que mostrou que o ex-prefeito Leonaldo Paranhos (PL) firmou contratos que somaram R$ 2,6 milhões com o Instituto Áquila, sem licitação, entre 2022 e 2023. Documentos da transparência municipal mostram que os pagamentos foram parcelados em ordens de R$ 142,2 mil cada, antes e depois de Cascavel ser premiada pelo Prêmio Band Cidades Excelentes.

O detalhe que causa estranheza é que o instituto contratado pela Prefeitura é o mesmo responsável por desenvolver a metodologia usada na premiação que colocou Cascavel entre as “melhores cidades do Brasil”.

“ParanhosLeaks”

O caso ganha ainda mais repercussão em meio à investigação da Deccor (Divisão Estadual de Combate à Corrupção), que apura suposto tráfico de influência e uso de informações privilegiadas na expansão do perímetro urbano de Cascavel.

O inquérito sobre as denúncias do “ParanhosLeaks” foi instaurado a partir de acusações do ex-deputado Evandro Roman e já aponta possível enriquecimento ilícito de familiares do ex-prefeito.