Policial

Polícia prende suspeitos de viabilizar transferência de presos de Catanduvas para o Rio de Janeiro

Mandados estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro, em Nova Iguaçu e em Duque de Caxias

Inaugurada em outubro de 2018, Penitenciária Federal de Brasília é de segurança máxima   (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Inaugurada em outubro de 2018, Penitenciária Federal de Brasília é de segurança máxima (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A PF (Polícia Federal) deflagrou na manhã desta terça-feira (17), a Operação Simonia com o objetivo de desarticular suposto esquema criminoso na cúpula administrativa da Seap (Secretaria de Administração Penitenciária) do Estado do Rio de Janeiro. O chefe da pasta, Raphael Montenegro, foi preso durante a ofensiva, assim como o subsecretário Wellington Nunes da Silva e o superintendente Sandro Farias Gimenes.

A Simonia mira em supostas negociações espúrias entre a cúpula da Seap do Rio e líderes “de facção criminosa com atuação internacional no tráfico de drogas”. As apurações indicam que os crimes sob suspeita “foram praticados em troca de influência sobre os locais de domínio destes traficantes e outras vantagens ilícitas”, diz a PF.

Sobre a cúpula da Seap fluminense recaem três suspeitas principais: a de agentes públicos terem realizado “diversas diligências para viabilizar o retorno de criminosos custodiados na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, para o Rio; a de servidores terem “franqueado a entrada de pessoas e itens proibidos em unidades prisionais estaduais”; e a de funcionários públicos terem “realizado a soltura irregular de criminoso de altíssima periculosidade, contra quem havia sabidamente mandados de prisão pendentes de cumprimento”.

Cerca de 40 agentes cumprem três mandados de prisão temporária e cinco de busca e apreensão no Rio de Janeiro, em Nova Iguaçu e em Duque de Caxias. As ordens foram expedidas pela Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2).

De acordo com a PF, a investigação é desenvolvida em conjunto com o Ministério Público Federal e o Departamento Penitenciário Federal. O nome da ofensiva, “Simonia”, faz referência a “uma prática medieval em que detentores de cargos trocavam benefícios ilegítimos por vantagens espúrias”, diz a corporação.

Fonte: Estadão

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