A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (20), a Operação Wanderlust, para desarticular organização criminosa especializada no envio de cocaína para a Europa através de aeroportos internacionais do país e no tráfico de haxixe para o Brasil.
Cerca de 200 policiais federais cumprem 40 mandados de prisão e 40 de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraíba, Amazonas e no Distrito Federal. Também são executadas ordens judiciais para apreensão de 40 veículos, (embarcações, caminhões, automóveis e motocicletas) e o sequestro de bens com valor estimado em mais de 10 milhões de reais.
As investigações iniciaram em março de 2019 e identificaram que a organização criminosa, a partir de Caxias do Sul/RS e de Curitiba/PR, recrutava mulheres em diversos estados do país para atuarem como “mulas” no transporte da droga para a Europa.
No decorrer do inquérito policial foram realizados diversos flagrantes em aeroportos brasileiros e no exterior, com 25 pessoas presas em flagrante, seis delas em Lisboa/Portugal, e quase duas toneladas de drogas apreendidas. Em uma das ações, a Polícia Federal interceptou em João Pessoa/PB uma carga de 1,6 tonelada de haxixe em um veleiro que havia partido do Marrocos, na África, que foi a maior apreensão da droga pela Polícia Federal.
Wanderlust é uma palavra alemã que pode ser traduzida como um desejo intrínseco e profundo de viajar. É formada pela junção das palavras Wander, que corresponde à prática de caminhada ou trilha, e lust, que quer dizer luxúria, ou mais que um desejo, uma vontade profunda.
A Operação contou com o apoio da Adidância da Polícia Federal em Portugal e com acordos de Cooperação Policial Internacional com diversos países para levantamento de informações e diligências no exterior.
Ouça a entrevista com o Delegado Reegional de Investigação e Combate ao Crime Organizado, Alessandro Maciel Lopes e também com o Delegado Chefe da Delegacia de Polícia Federal em Caxias do Sul, Claudino Sebaldo Alves de Oliveira: