Policial

Criminalidade assusta moradores do Bairro Santa Cruz

Crescente número de furtos na região tem tirado sossego da população

Cascavel – Moradores do Bairro Santa Cruz, em Cascavel, procuraram a reportagem de O Paraná para reclamar do alto número de furtos a residências registrado na região recentemente. Segundo eles, os bandidos costumam agir pela manhã, logo após os moradores deixarem suas casas para irem trabalhar. Quando retornam para almoçar, a desagradável surpresa.

De acordo com os moradores, o principal alvo dos criminosos são produtos eletrônicos, como notebooks e aparelhos televisores.

“Está fácil de entrar [nas residências]. Na minha casa já tentaram pular um muro de três metros”, comentou um morador que vive no bairro há quase 20 anos.

Para a população do entorno, o baixo efetivo da Polícia Militar contribui para o aumento da criminalidade na região.

“Tem muito bandido para pouco policial. Eles [a Polícia Militar] vêm, prendem, mas tem que soltar. Assim, os bandidos fazem o que querem. O problema é a própria lei”, afirmou o morador.

Com medo de represálias, os residentes têm medo de chamar a polícia e denunciar os criminosos.

“Uma vizinha minha viu dois deles tentando pular o muro. Quando eles perceberam, começaram a encarar ela. A gente se sente inseguro, apreensivo”. Segundo os moradores, a situação está ficando “fora de controle”.

Sem acreditar que os produtos furtados serão recuperados pela polícia, os moradores oferecem recompensas na esperança que os próprios criminosos devolvam os objetos.

“A gente nem chama a polícia. Sabe que é difícil de recuperar o prejuízo. A bandidagem vai aumentando e a situação fica insustentável”.

Solução distante

Com a instalação da UPS (Unidade Paraná Seguro) na região norte da cidade, parte da criminalidade migrou para o Santa Cruz e bairros próximos. Este “êxodo” dos criminosos também foi notado pela população. Para os moradores, um projeto de policiamento tal qual o instalado no Bairro Interlagos resolveria parte dos problemas. Entretanto, isso está longe de sair do papel.

“Há uns 90 dias foi realizada uma reunião para discutir isso, mas acabou virando politicagem e a população continua sofrendo”.