Cascavel - A Polícia Civil do Paraná apresentou na manhã de ontem (8) durante entrevista coletiva os dados de atendimentos e o radar da violência no ano passado em Cascavel. Ao todo, a cidade contabilizou 66 mortes violentas, sendo destas, 63 homicídios e três feminicídios, um aumento de sete casos em relação ao ano anterior que fechou com 59 mortes, um salto de 11,86% na quantidade de mortes.
O que chamou a atenção é que dos 66 casos, 41 deles aconteceram na Região Norte da cidade, ou seja, 62% do total de assassinatos. Em segundo lugar aparece a Região Sul que teve ao todo 10 casos, enquanto a Região Oeste cinco, a Central 4, a Leste 3, a Rural 2, e a Centro-Sul apenas 1. Pelo relatório as equipes policiais ainda atenderam 71 tentativas de homicídio e 10 tentativas de feminicídio, ao todo foram 176 atendimentos efetuados em 2024.
Ainda sobre as mortes eles relataram que 71 % delas foram por meio de arma de fogo e o restante por arma branca (faca). Sobre a resolução dos casos, mais de metade deles, 56% já foram resolvidos contra 72% no ano anterior.
Prisões
Os policiais realizaram 99 prisões, das quais 55 foram em situação de flagrante, e 44 em cumprimento a mandados de prisão. As equipes também cumpriram 49 mandados de busca e apreensão. O ano também foi marcado por diversas operações, em trabalhos comandados pela Polícia Civil e outros em conjunto com outras forças de segurança, com a Polícia Militar. Nas ações foram apreendidas armas, drogas e demais ilícitos.
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A delegacia de Cascavel também se destacou em todo o Estado, já que durante o ano foram realizadas 1114 prisões ao todo. Foram confeccionados durante o ano 5.604 boletins de ocorrência de estelionato, aumento de 11,76% em relação ao ano anterior, 203 de apropriação indébita e 160 de outras fraudes. Com relação às medidas cautelares foram 35 em 2023 e 36 em 2024.
Mortes do ano
A Polícia falou ainda que a respeito das três mortes registradas nos primeiros dias deste ano, inclusive duas delas envolvendo apenados. O primeiro homicídio do ano foi no Bairro Tarumã, Região Norte. Ronaldo Adriano da Silva, de 38 anos, foi morto dentro de uma distribuidora de bebidas localizada na Rua Leonardo da Vinci, quando foi surpreendido pelo atirador com vários disparos em suas costas, na sua nuca. O suspeito segue foragido.
A segunda morte foi na segunda-feira (6) em plena luz do dia em frente à Prefeitura. Um detento prestava serviços de limpeza para o Município quando foi morto com pelo menos 12 disparos de arma de fogo. O terceiro homicídio foi na terça-feira (7) também envolvendo um apenado. A vítima foi encontrada morta na Rua Ângelo Sbardela, Bairro Cascavel Velho. Ele havia fugido horas antes de um canteiro de trabalho externo na cidade, mas possuía autorização para trabalho externo e desempenhava funções na empresa responsável desde julho do ano passado.
Na tarde de ontem (8), em entrevista coletiva, o diretor da 8ª Região da Polícia Penal, Thiago Correia, falou sobre os dois casos de homicídio de apenados registrados em Cascavel e que, até o momento, não foi confirmada nenhuma ligação entre os dois casos, mas que a Polícia Penal reforçará os protocolos de segurança. Correia disse que atualmente, mais de 250 detentos realizam trabalho externo e que são escolhidos a partir do histórico na unidade, homens em processos avançados de reintegração social e que não apresentavam histórico de comportamentos violentos.
