Cascavel O cascavelense anda assustado com o grande número de assaltos registrados na cidade. Eu chego e saio de casa com medo. Moro em uma rua sem saída, no Bairro Tropical e, na mesma semana as casas de dois vizinhos meus foram alvos de assaltantes, desabafou um leitor, que preferiu não se identificar.
A primeira vítima, segundo ele, foi o vizinho da frente. Os bandidos renderam ele e levaram um Azera. Graças a Deus ninguém ficou ferido e, além do susto, nada de mais grave aconteceu. O segundo caso foi na casa de outro vizinho onde estava acontecendo uma reunião de amigos. É aquele caso do tal Guilherminho, que foi morto por um policial federal. O menor entrou, rendeu todo mundo e o policial, que estava no banheiro, viu o adolescente passar com um dos moradores rendido com um revólver na cabeça e reagiu.
Nos três primeiros meses de 2016 o município contabilizou ao menos 207 assaltos contra 87 em igual período de 2015 e, segundo o delegado Edgar Santana, responsável pelo GDE (Grupo de Diligências Especiais), isso tem preocupado bastante. A Polícia Civil está elaborando um relatório com esses dados, mas pelo que estamos acompanhando esse número pode ser ainda maior, admite. Afinal, isso representa um aumento superior a 200% no comparativo com igual período do ano passado.
Quase diariamente o GDE tem efetuado uma série de prisões e apreensões dos autores desse tipo de delito. O problema maior é a lei tem brechas que fazem com que eles ganhem a liberdade muito rapidamente. A polícia, tanto Civil quanto Militar, prende as pessoas envolvidas em roubos e furtos, mas elas acabam voltando para a rua em pouco tempo. E qual é a tendência? De que elas voltem a cometer esses delitos, lamenta o delegado.
Motivação
Questionado em relação ao que motivou esse aumento considerável em relação ao ano passado, o delegado disse que a crise financeira é um dos fatores. O desemprego acaba levando a população à criminalidade, seja pelo tráfico de drogas, pelo roubo e furto de veículos, ou mesmo os assaltos. É o dinheiro fácil, que pode levar a cadeia, mas que ainda acaba atraindo muitas pessoas, concluiu Santana.