
A área de 200 mil metros quadrados conta com 31 prédios de até 17 andares e um total de 3.064 apartamentos. A expectativa é que cerca de seis mil pessoas fiquem hospedadas no local durante as competições. Os apartamentos são completamente acessíveis e permitem o deslocamento de atletas cadeirantes sem dificuldades. Há também espaço para receber cães-guia, frequentemente utilizados por deficientes visuais. ?Nunca estive num lugar com tanta beleza natural e pessoas tão gentis. Por isso tudo, acho que o Brasil será uma grande sede para os Jogos?, declara Jason Smyth, da Irlanda, que já conquistou quatro ouros no atletismo paralímpico.
O espaço também conta com todas as facilidades das quais os atletas necessitam, como academia, refeitório e a Policlínica, uma área médica com tecnologia de ponta para garantir a saúde e o bem-estar dos ilustres hóspedes, equipada com modernos equipamentos de diagnóstico por imagem e um software (EMR, da sigla em inglês) que unifica todas as informações de atendimento em uma mesma plataforma na nuvem, todos providos pela GE. A principal novidade em relação aos Jogos Olímpicos é o Centro de Reparos de Órteses e Próteses, que é operado pela Ottobock, patrocinadora do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, da sigla em inglês).
Restaurante na Vila dos Atletas passou por mudanças
Com 27 mil m², o local, que chegou a servir 65 mil refeições em um único dia durante os Jogos Olímpicos, passou por algumas adaptações e ficará mais aconchegante para os atletas Paralímpicos.O gigantesco restaurante montado na Vila dos Atletas, apontado como o segundo maior do mundo ? atrás apenas do Damascus Gate, na Síria ?, foi montado em uma tenda de 27 mil metros quadrados (equivalente a dois campos de futebol), sendo que 9 mil m² são apenas para a cozinha.

Fileiras de mesas e cadeiras foram removidas para que os cadeirantes circulem sem grandes problemas. Algumas estações terão a altura reduzida para facilitar o acesso aos alimentos. De resto, a equipe responsável pelo espaço espera ter o mesmo clima de alegria e convivência dos atletas dos Jogos Rio 2016, quando foram servidas diariamente cerca de 200 toneladas de comida, entre 100 mil pães, três mil pizzas, incluindo as sem glúten e integrais, 120 toneladas de frutas, 30 toneladas de folhagens e 700 mil doses de café.
“A ideia é tornar o espaço mais aconchegante, já que ele foi desenvolvido pensando nos momentos de pico, quando sete mil atletas vinham ao mesmo tempo comer aqui. Nas Paralimpíadas, os números serão menores e as mudanças vão facilitar a vida dos atletas”, afirmou Flávia Albuquerque, gerente de alimentos e bebidas da Vila dos Atletas.