
Apesar da deficiência, Brown disparou linearmente em sua raia graças a Avery, seu guia de corrida desde 2014.
? Ele é a voz que vem de dentro ? disse Brown. ? Ele tem sido um guia de corrida por vários anos, então sua experiência permite que eu me concentre somente em dar o meu melhor na corrida e nada mais.
Os guias auxiliam os atletas com deficiências visuais em esportes de pista e campo, equestres e futebol. Seu nível de comprometimento é comparável ao dos atletas que acompanham, treinando junto com eles diariamente. Esta é a primeira Paralimpíada em que estão recebendo medalhas.

Clarke e Clegg protagonizaram uma controvérsia na sexta-feira: ela foi desclassificada da semifinal porque Clarke teria a puxado durante a corrida, o que é contra as regras. A atleta apelou e a desclassificação foi revertida.
? Esta é minha terceira Paralimpíada. Não quero uma medalha com desonra ? disse Clark. ? Fiquei meio chateado com a alegação e estou contente pelo apoio da equipe.

? Basicamente, ele é meu irmão ? disse Gilette, que, na quinta-feira, pela quarta vez levou a prata paralímpica no salto em distância e celebrou no pódio com Williams a seu lado. ? Se eu preciso de alguma coisa, ele está lá para me ajudar.
Williams era velocista na Universidade da Califórnia, em Northridge, até ouvir um amigo falar sobre a função de guia de corrida. Ele foi a um local de treinamento da equipe americana, onde trombou Gillette.
Além de contribuir com Gillette na conquista da prata paralímpica e do ouro nos dois últimos campeonamentos mundial de salto em distância, ele participou da quebra do recorde mundial do evento. Quando o medalhista está se preparando para saltar, William se posiciona no meio da plataforma de salto, dando instruções. Ele pula para a direita ou para a esqueda, imediatamente antes do salto, dependendo de para onde acha que Gillette deveria ir.
? A gente treina diariamente, se posicionando de diferentes maneiras ? disse Williams.

? Temos de manter a sincronia em tudo, e isso pode ser difícil ? disse a britânica Helen Scott, que acompanha a ciclista paralímpica Sophie Thornhill
RECORDE DE RECORDES

Unidos por uma faixa que se amarra às mãos, eles correm com Avery dando direções para manter Brown na raia. Quando começaram a correr, a fita tinha 25,4 centímetros. Na medida em que foram se acostumando um ao outro, a corda foi encolhendo ? chegou a ficar com apenas 7,6 centímetros. Agora que estão em perfeita sincronia, a fita foi alongada novamente.
O recorde mundial conquistado por Brown nos 100 metros (10,92 segundos) ainda permanece. Ele é o único homem completamente cego a correr o trajeto em menos de 11 segundo. A dupla se autodenomina Time BrAvery ? a palavra ?coragem? (bravery) é formada pelas iniciais de Brown e o nome de Avery.