RIO ? Quatro anos atrás, Felipe Kitadai (60kg) era zebra na Londres-2012, quando conquistou o bronze. No Rio-2016, ele tenta hoje, na Arena Carioca 2, a partir das 10h, repetir a estratégia discreta para surpreender novamente os adversários. Mesmo não sendo o número um do país na categoria, o paulista de 27 anos ganhou a oportunidade de disputar novamente o megaevento. Links judo
Felipe é o 14º judoca do ranking mundial, uma posição atrás de Eric Takabatake, que é o melhor brasileiro na lista. Pelo primeiro critério da CBJ, Eric deveria ir aos Jogos. Mas, por critério técnico, a entidade resolveu levar Felipe, já que a diferença de pontos entre os dois era mínima, além de sua maior bagagem olímpica.
E Felipe pontuou em lutas contra adversários mais duros que os de Eric.
? Sei o caminho até o pódio. Mas prefiro ser um pouco mais discreto, sem tanto alarde. Hoje, sinto-me um judoca mais bem preparado e confiante do que era em Londres-2012 ? garante o judoca.
APOSTA DA CBJ
A comissão técnica da CBJ sabe que a experiência no tatame pode definir uma vitória. E isso Felipe, de 27 anos, tem de sobra. Ele é o único judoca medalhista em Londres-2012 que está no torneio. O restante subiu de categoria ou não obteve classificação.
? Falar em zebra na categoria do Felipe é complicado, pois há uma rotatividade muito grande de campeões. O histórico mostra isso. Felipe é medalhista olímpico, mas tem outros judocas que vem assumindo esse protagonismo. Então, pode-se dizer que ele chega mais discreto nessa competição, assim como foi em Londres ? analisa Luiz Shinohara, treinador da seleção masculina.
O judô é um dos carros-chefes do Time Brasil na busca por medalhas. Mas a CBJ optou por não divulgar a meta de pódios para este megaevento. Em Londres-2012, a meta de quatro medalhas só foi alcançada no último dia de competição, com o bronze de Rafael Silva (+100kg). Desta vez, o objetivo é superar Londres-2012. O desafio de cada brasileiro na briga por medalha no judô