
? Eu me sinto como um brasileiro depois disso. É adorável a atmosfera das pessoas, aqui passou a ser como uma casa para mim ? disse Pita ao GLOBO neste sábado, na Vila dos Atletas.
O atleta de Tonga “quebrou” a internet. A entrada à frente da pequena delegação de sete atletas foi infinitamente reproduzida em memes. Não houve, entre os atletas que participaram do desfile das delegações, quem tenha provocado tanto furor e repercussão.
Pita tem 32 anos, vai competir no taekwondo e participa pela primeira vez de uma Olimpíada. Ele só entra no tatame no dia 20, o penúltimo dos jogos.
Filho de pai tonganês e mãe australiana, o atleta nasceu na Austrália, é engenheiro e mora hoje em Haapai, no Tonga. Antes de chegar ao Rio, tentou, sem êxito, qualificação para competir nas três edições anteriores dos Jogos Olímpicos.
? O Brasil é um país incrível, cheio de diversão. Foi divertido o que aconteceu. Estou tirando selfies o tempo inteiro depois da cerimônia. Mas estou focado, mesmo com minha competição sendo no penúltimo dia ? afirmou o atleta.
Pita contou que o óleo de coco no corpo é tradicionalmente combinado ao traje usado. É uma tradição no Tonga. O óleo, inclusive, foi produzido por um integrante de sua família. O uso do traje já estava planejado.
? Antes mesmo de entrar no estádio, os brasileiros que eu encontrava pelo caminho já manifestavam várias reações, e me fizeram me sentir muito feliz em estar aqui no Brasil. Quando eu entrei, vi as pessoas olhando, pensei: “Isto é real? Estou aqui no Brasil, representando o meu país?” Foi incrível.
O atleta elogia as mulheres brasileiras e avisa: está solteiro. Sobre o país que representa, e a repercussão de tudo, Pita brinca:
? Era um país pequeno, agora não é mais. O Brasil descobriu Tonga.