O Governo do Paraná retomou as três últimas obras que estavam paralisadas em decorrência da operação Quadro Negro, que apontou desvios de recursos na construção de prédios escolares. Além do investimento de cerca de R$ 11 milhões, a continuidade dos trabalhos ainda garante a manutenção de 100 empregos diretos nos canteiros, mesmo com pandemia da Covid 19.
Uma das obras é a construção do Centro Estadual de Educação Profissional de Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba. A obra foi paralisada em 2015. Uma nova licitação foi feita, mas a empresa vencedora abandonou a obra em 2018.
A continuidade da empreitada assegurou o emprego de centenas de paranaenses. É o caso do encarregado de obras, Gildo Rodrigues. “É desse canteiro que levo sustento para a minha família. É uma bênção o emprego não ter parado por causa dessa pandemia”, disse ele.
O acordo para a continuidade dos serviços com as empresas vencedoras das licitações exigiu regras rígidas de segurança para garantir que os trabalhadores possam realizar suas atividades com tranquilidade. Entre as principais recomendações estão o uso da máscara e o distanciamento que deve ser mantido entre os operários.
“O Governo do Paraná compreendeu a importância de dar continuidade nas obras para geração de renda. Com responsabilidade, claro. E isso nos incentiva a procurar fazer o nosso melhor, fazer um trabalho de excelência”, afirmou o engenheiro da construtora responsável pela obra, Emerson Galvan.
PRÉDIO – O novo prédio deve ser entregue até o fim do primeiro semestre de 2021. São mais de 5,5 mil metros quadrados construídos, com 12 salas de aula, 10 laboratórios, biblioteca, auditório e ginásio poliesportivo, além de área administrativa, cozinha, refeitório e banheiros.
A capacidade máxima de atendimento, em três turnos, pode chegar até 1.200 matrículas. Os novos cursos técnicos serão discutidos com a comunidade para atender os arranjos produtivos locais.
“O governo do Estado tem feito um esforço muito grande para que todas as obras envolvidas na Operação Quadro Negro sejam entregues aos paranaenses. Como o CEEP de Campo Largo, que vai contribuir no fortalecimento do ensino profissional do Paraná”, explicou o diretor-presidente da Fundepar, José Maria Ferreira.
MAIS DUAS – Ainda foram retomadas as obras da nova unidade do Colégio Estadual William Madi, em Cornélio Procópio, com investimentos de R$ 3,8 milhões para conclusão; e a do Colégio Estadual Francisco Pires Machado, em Ponta Grossa, com o valor próximo a R$ 1,9 milhão.
Por determinação do governador Carlos Massa Ratinho Junior, a Fundepar atua para encerrar um capítulo triste na educação do Paraná. O Ministério Público apontou o desvio de recursos em 14 escolas no Estado em 2014. Das que tiveram obras interrompidas, nove já foram entregues à população e as últimas cinco estão em andamento para serem concluídas.
PANDEMIA – Em todo o Estado, o Instituto Fundepar investe mais de R$ 100 milhões para dar continuidade a 156 obras escolares durante a pandemia. São construções de novas unidades escolares, ampliações de espaços, reparos e de restauração. Com isso, cerca de 1,4 mil empregos diretos foram mantidos nos canteiros de obras.