Cascavel – O comércio varejista em Cascavel vem oferecendo diversas opções para tentar garantir clientes e claro, vendas mais gordas neste fim de ano. Mas muitos comerciantes trabalham com cautela para que as comercializações deste mês não virem pesadelos em janeiro e fevereiro.
De acordo com dados do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) da Acic (Associação Comercial e Industrial de Cascavel), novembro foi o mês que mais contabilizou a inserção de CPFs (Cadastros de Pessoas Físicas) no sistema. Foram contabilizadas 5.162 ocorrências por falta de algum pagamento, o mais alto se comparado com os meses anteriores em 2015. O menor registro foi em janeiro com 3.416 inclusões.
Para o diretor SPC, Ricardo Furlan, este aumento em novembro está relacionado à crise e à falta de planejamentos dos consumidores.
Nos últimos cinco anos percebemos um aumento considerável e não temos queda significativa nas baixas. É preciso mais conscientização por parte dos clientes e neste momento que o País vive é preciso restabelecer a economia para evitar mais inadimplência, frisa.
Ainda de acordo com Furlan, um dos fatores que mais contribuem para que o cliente perca o crédito tem sido a compra por impulso.
Percebemos que o consumidor quita as dívidas com o pagamento do 13º salário em dezembro, faz novas compras parceladas e em janeiro, fevereiro e março voltam a cair na inadimplência por falta de planejamento. Por isso, orientamos que as pessoas analisem se a parcela da compra está dentro da capacidade de pagamento, acrescenta Furlan.
Outros fatores que acarretam a falta de crédito no comércio de Cascavel são: a falta de controle financeiro, a perda do emprego e o consumo maior durante o período de festas.
Crise
O comércio varejista só não está ainda mais no negativo devido à base de fomento da economia do Município ser o agronegócio e o setor de serviços, afirma Ricardo Furlan.
Se comparado com outras cidades, Cascavel está bem em relação à crise nacional, pois o momento da alta do dólar vem favorecendo as vendas de grãos e com isso fomenta a economia local, ou seja, os agricultores acabam investindo no próprio Município, disse.