Cotidiano

Secretários da Segurança avaliam operação integrada que resultou na prisão de 2,7 mil pessoas

Resultados das ações foram avaliados pelos secretários do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro, estados que atuaram integrados

Secretários de estado da segurança pública reúnem-se para avaliação da operação Fronteiras e Divisas Integradas I   -  Curitiba, 06/10/2021  -  Foto: SESP-PR
Secretários de estado da segurança pública reúnem-se para avaliação da operação Fronteiras e Divisas Integradas I - Curitiba, 06/10/2021 - Foto: SESP-PR

Os secretários estaduais da Segurança Pública do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro, além de representantes de outras instituições do governo federal, estados e de municípios, se reuniram por videoconferência nesta terça-feira (05) para avaliar os resultados da Operação Fronteiras e Divisas Integradas I. As ações tiveram como objetivo combater as organizações criminosas que atuam nessas regiões e resultou na prisão de 2.786 envolvidos e na apreensão de 189 adolescentes.

A operação aconteceu, principalmente, no Oeste do Paraná, região de fronteira com o Paraguai, e nas rodovias federais e estaduais nas divisas dos estados. As ações gerais foram coordenadas pela Segurança Pública do Paraná e ocorreram em seis fases, de 13 de setembro a 03 de outubro. Juntas, as forças de segurança dos cinco estados e as demais instituições envolvidas retiraram de circulação mais de 55,8 mil quilos de drogas, 424 armas de fogo e mais de 2,8 milhões de maços de cigarro. Também foram apreendidos 1.472 veículos e 687 celulares. Outros 487 veículos foram recuperados.

O secretário da Segurança Pública do Paraná, Romulo Marinho Soares, afirmou que a parceria e integração dos estados envolvidos foi essencial para o sucesso da operação. “Nosso objetivo é proporcionar segurança para a população e mostrar que várias forças de segurança estão trabalhando em conjunto para melhorar, cada vez mais, os índices de queda de criminalidade. Os resultados dessa grande operação mostram o diferencial que estamos construindo juntos”, disse ele

REPRESSÃO E INVESTIGAÇÃO – A ação contou com trabalho de repressão e investigação das forças de segurança dos estados para a desestruturação e descapitalização do crime organizado que atua com o tráfico de drogas, contrabando, descaminho, roubo de carga e outros crimes patrimoniais e contra a vida. Durante os 21 dias da operação, as equipes policiais contaram com viaturas, aeronaves e cães de faro, além de monitoração pelos Centros Integrados de Comando e Controle das Secretarias da Segurança dos Estados participantes.

Para o secretário de São Paulo, João Camilo Pires de Campos, o sistema foi eficiente e o resultado eficaz. “Essa operação representa muito mais do que estamos abordando aqui, pois a nossa força adversária é uma só e, com integração, alcançamos os resultados esperados. Quem ganha com isso é a população”, afirmou. “Juntos somos mais fortes.”

A integração dos estados foi enfatizada também pelo secretário de Justiça e Segurança Pública do Mato Grosso do Sul, Antonio Carlos Videira. “Essa integração tem proporcionado excelentes resultados. O Mato Grosso do Sul estará sempre disposto a participar, fomentar, compartilhar e fortalecer o diálogo com os outros estados, porque o resultado em nossa fronteira tem reflexo em outros locais dentro e fora do país”, afirmou.

Minas Gerais quer que operações como essa aconteçam com frequência, segundo afirmou o secretário Rogério Greco. “Tem uma importância muito grande para nós. Temos feito muitas operações integradas, não só com outros estados, mas internamente também”, contou.

O Rio de Janeiro integrou as fases cinco e seis desta operação. Participaram da videoconferência o delegado Gilbert Stivanello, da Subsecretaria de Planejamento e Integração Operacional da Polícia Civil; o chefe da 3º Seção do Estado-Maior da Polícia Militar, coronel Augusto de Andrade Tobias. “Queremos somar, integrar com as nossas forças policiais”, disse o delegado Stivanello.

PARTICIPANTES – Integraram a operação, pelo Paraná, as polícias Militar, Civil e Corpo de Bombeiros, com apoio da Polícia Científica e do Departamento Penitenciário (Depen), integrantes do Centro de Inteligência Estratégica, do Departamento de Inteligência e do Centro Integrado de Comando e Controle Regional. Também participaram a Polícia Rodoviária Federal, o Exército e a Marinha do Brasil, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a Receita Federal, a Receita Estadual, os portos do Paraná e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).