Cotidiano

Por asfalto, moradores prometem fechar a Estrada Rio da Paz

Eles pedem p asfaltamento no trecho de dez quilômetros até o Distrito de Diamante

Cascavel – Moradores que dependem da Estrada Rio da Paz, como as comunidades rurais de Gramadinho, Jangada Taborda e Jangadinha, além dos distritos de São Salvador e Diamante, pensam em impedir a passagem de veículos por um dia para pedir por asfaltamento no trecho de dez quilômetros da via, do Rio Cascavel até o Distrito de Diamante, distante cerca de 20 quilômetros da cidade.

O morador Elton Paulo Estevão da Silva afirma que o cascalhamento não é mais suficiente devido ao intenso fluxo de veículos pesados.

“Por aqui passam até carretas que puxam a safra. Temos silos de duas cooperativas aqui. Sem contar no tráfego de ônibus do transporte escolar rural. Onde é jogado, o cascalho não aguenta. Está bem complicada a situação”, disse. À margem da estrada foram colocadas placas com a frase “Asfalto já. Não dá mais para esperar”.

Outra reclamação das comunidades atendidas pela Rio da Paz diz respeito ao serviço de cascalhamento executado pela prefeitura. Em alguns trechos são deixadas pedras muito grandes, o que também atrapalha o tráfego e obriga os moradores a retirarem essas pedras.

A data para o protesto seria definida na segunda-feira (14), mas até o fechamento da reportagem não houve definição, ficando para os próximos dias.

“Não há recursos”

Em contato com o secretário de Obras, Maurício Theodoro, a informação é de que não há recurso do Município para o asfaltamento no trecho em questão. Theodoro disse que a saída para a comunidade é buscar uma maior participação junto a deputados a fim de se conseguir o recurso por meio de emenda parlamentar.

“Em reunião que tivemos com líderes comunitários, essas questões já foram repassadas. Em Toledo, por exemplo, as estradas são asfaltadas devido ao maior envolvimento da comunidade”.

Para se asfaltar o trecho, Theodoro estima o custo da obra em torno de R$ 6,5 milhões. Outra alternativa levantada pelo secretário é por meio do asfalto participativo, no qual a comunidade pagaria os custos com material utilizado na obra, cerca de R$ 4 milhões para o trecho em questão, e o Município entraria com o maquinário.

Sobre as pedras grandes demais do cascalho, o secretário disse que o fato ocorre devido ao grande volume de chuva registrado nos últimos 40 dias.

“Para isso, a cada seis meses fazemos trabalhos de patrolamento nas estradas”.