Um projeto com patente aprovada ao programa de Prime (Propriedade Intelectual com foco no Mercado), numa parceria do Sebrae, do governo do Paraná e da Fundação Araucária, criou um interruptor elétrico à prova de explosões, de autoria do pesquisador Benhurt Gongora, aluno do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Energia e Engenharia da Agricultura, em funcionamento no Câmpus de Cascavel.
A invenção é, em síntese, um dispositivo eletrônico destinado ao controle do acionamento de lâmpadas. O sistema, que trabalha a partir do menor nível da corrente de tensão, tem um dispositivo antifaísca, podendo ser instalado em ambientes empresariais e residenciais.
Com a patente, essa tecnologia poderá ser produzida em escala industrial para ser disponibilizada ao mercado consumidor. “Traz segurança e condições de automatizar as instalações. Num ambiente com vazamento de gás, por exemplo, o dispositivo quando acionado evita explosões” explica Benhurt.
Ele destaca que, atualmente, o mercado com essa grade de produtos está em expansão, pois cada vez mais a engenharia precisa se ater às leis e normativas de segurança.
O pesquisador destaca que esse tipo de interruptor também é usado no processo de automatização dos interruptores de energia elétrica, podendo ser acionados por celular, a distância, entre outros.
Acidentes
Mesmo com uma regulamentação estabelecida para evitar explosões, as instalações elétricas ainda são uma das principais causas de incêndio no País.
Segundo dados da Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade), em 2019 o número de incêndios originados de instalações elétricas cresceu 22% em relação ao ano anterior, com 656 casos registrados e 74 mortesNo período de 2015 a 2019 houve 3.585 acidentes fatais envolvendo eletricidade – por choques elétricos (3.135), incêndios (231) e descargas atmosféricas (219).
Foto: Fundação Araucária