Curitiba – A situação do deputado Nelson Meurer (PP) se complicou de vez depois que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, requereu no fim de semana a cassação de seu mandato por envolvimento no esquema de desvio de recursos da Petrobras. De acordo com as investigações da Operação Lava-Jato, ele seria o principal operador da propina entregue ao PP.
Diante disso, nos bastidores já começam as movimentações em torno da sucessão de Meurer, que poderá esperar a decisão definitiva sobre a cassação ou se antecipar e renunciar ao mandato para evitar, com isso, a perda temporária dos direitos políticos.
E o primeiro na linha sucessória não é ninguém de seu partido, mas sim Osmar Bertoldi (DEM), que chegou a exercer temporariamente o mandato de deputado federal no ano passado em substituição a Fernando Francischini, no período em que este ficou licenciado para comandar a Secretaria de Estado da Segurança. No caso de impedimento de Bertoldi, a vaga ficaria com o também ex-deputado federal Reinhold Stephanes (PSD), que ocupa atualmente o cargo de presidente da Copel Participações S. A.
Pendência judicial
Osmar Bertoldi obteve 81.767 votos nas eleições de 2014, contra 78.064 de Reinhold Stephanes, mas está com uma pendência judicial desde o fim do ano passado, quando foi exonerado do cargo de diretor de programas da Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná) após virar objeto de um caso de polícia.
Bertoldi chegou a ser dado como foragido da Justiça por descumprir uma medida protetiva com base na Lei Maria da Penha após ser denunciado de agredir a ex-noiva Tatiane Bittencourt. O fato teria ocorrido em agosto passado.