Brasília – Partidos de oposição na Câmara, incluindo PSDB, DEM, PPS, SD, integrantes do PSB e a ala oposicionista do PMDB anunciaram ontem a criação de um comitê pró-impeachment para organizar ações pelo afastamento da presidente Dilma Rousseff.
O movimento já estava sendo articulado e foi impulsionado pela prisão do marqueteiro de campanhas do PT, João Santana, acusado de ter se beneficiado do esquema de corrupção da Petrobras.
A ideia é formalizar o grupo para que tenha um CNPJ e possa receber diretamente doações a serem usadas para financiar protestos, bottons, camisetas e bonecos infláveis do Pixuleco, uma caricatura inflável do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vestido de presidiário.
Queremos a participação da sociedade civil nesse comitê e dos movimentos de rua, afirmou o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), após uma reunião com os demais representantes dos partidos.
No encontro, também ficou decidido que os partidos de oposição vão apoiar a manifestação nacional a favor do impeachment convocada para o dia 13 de março. Diante da gravidade de tudo o que está acontecendo, com a prisão do marqueteiro do PT, e da cobrança da sociedade, vamos apoiar o protesto de março, justificou o líder do PPS, Rubens Bueno (PR).
Foi discutida ainda a tramitação do processo de impeachment no Congresso, que voltou à estaca zero por uma decisão do Supremo Tribunal Federal que anulou a votação que elegeu a comissão especial destinada a analisar o caso.
Os parlamentares decidiram ainda que vão pedir uma audiência com o presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski, para cobrá-lo sobre a definição acerca do recurso apresentado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O peemedebista paralisou o processo alegando que ficaram dúvidas sobre a decisão do tribunal e que, antes de refazer a eleição, é preciso que sejam esclarecidas.