RIO – Um novo corredor de segurança será implantando hoje na região central do Rio. O Centro Presente, que começará com 168 homens, é fruto de um convênio entre a Secretaria estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, a Fecomércio e a prefeitura do Rio. O patrulhamento será reforçado com a contratação de policiais militares da ativa (que trabalharão nas horas de folga) e da reserva, além de agentes civis egressos das Forças Armadas. O modelo já é bem-sucedido na Lapa, no Aterro, na Lagoa e no Méier.
O objetivo é coibir roubos e furtos, consumo e tráfico de drogas, e ainda promover o ordenamento urbano nas áreas patrulhadas. Além disso, também serão realizadas ações sociais, como o acolhimento de pessoas em situação de vulnerabilidade.
O patrulhamento, que terá caráter permanente, será implantado em três etapas: a primeira contempla a área que vai da Praça Mauá até a Igreja da Candelária, na Presidente Vargas. Nessa região, vão circular 168 agentes. A operação contará ainda com um ônibus adesivado, que funcionará como base da equipe para atendimento à população. Até o final deste mês, outras duas áreas passarão a ser patrulhadas. Em 15 dias, o projeto avança da Candelária até a Praça Quinze e, dez dias depois, será estendido até a Cinelândia. Três coordenadores serão responsáveis por toda a operação nos principais corredores de comércio do Centro, incluindo a região revitalizada da Praça Mauá, Gamboa e Saúde. Ao todo, 522 agentes vão atuar diariamente reforçando o patrulhamento no Centro.
Segundo o secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Paulo Melo, a experiência positiva das operações nas outras áreas permitiu a ampliação da estratégia para a região central da cidade.
Esse modelo de segurança, com participação de sociedade, entidades públicas e privadas, tem mostrado que estamos no caminho certo. Em seis meses de operações na Lagoa, no Aterro e no Méier, mais de 1.500 pessoas foram presas e 122 foragidos da Justiça, capturados. O resultado surpreendente nos fez avançar para o Centro explicou o secretário.
Investimento anual de R$ 47 milhões
A Operação Centro Presente prevê um investimento anual de R$ 47 milhões, que compreende o pagamento do salário das equipes e despesas operacionais com uniformes, materiais e combustível, entre outras. O custo será dividido entre a prefeitura e a Fecomércio. Em todas as áreas, o patrulhamento a pé, de bicicleta e de moto será feito em trios, formados por dois policiais militares e um agente civil. As rondas em viaturas serão realizadas por duplas de PMs.
O Rio tem hoje um novo Centro da cidade. Uma área histórica amplamente revitalizada, com um novo conceito de mobilidade, novos equipamentos culturais e maior espaço público dedicado aos pedestres e ao lazer. É indispensável o reforço no policiamento, para que a população aproveite esse legado com mais segurança disse o secretário municipal de Coordenação de Governo, Rafael Picciani.
Assim como nas outras operações, as equipes utilizarão câmeras para filmar as abordagens e serão monitoradas por GPS, com a finalidade de dar mais credibilidade às ações. Segundo o presidente da Fecomércio, Orlando Diniz, o convênio concretiza um dos temas prioritários do Mapa Estratégico do Comércio 2014-2020:
A celebração de um convênio entre o Sistema Fecomércio do Rio, que inclui Sesc e Senac, a prefeitura e o governo do estado tem por objetivo o enfrentamento dos graves problemas de segurança pública que afligem essas regiões e permitirá a criação de cursos voltados para o setor afirmou Diniz.