
Além disso, o departamento da Polícia Federal que integra a força-tarefa que analisa a quebra de sigilo bancário das empresas investigadas na ação, proposta pelo PSDB, também apontou desvios de finalidade dos recursos de campanha identificados na movimentação bancária dos investigados, informações que batem com a primeira perícia realizada pelo TSE.
O relatório de análise da movimentação bancária chega às mesmas conclusões que os peritos da força-tarefa. Ele atesta que ainda não foram entregues pela defesa da chapa provas materiais de que os serviços e produtos contratados durante a campanha foram efetivamente prestados e entregues pelas empresas. Portanto, sem essas provas, “identifica-se uma linha de investigação que sinaliza o desvio de finalidade dos gastos eleitorais para outros fins que não os de campanha”. Uma das hipóteses levantadas pelos investigadores é que os recursos teriam sido desviados e “direcionados ao enriquecimento sem causa de pessoas físicas e jurídicas para benefício próprio”.
A força-tarefa foi criada pelo ministro Herman Benjamin em outubro deste ano para investigar as movimentações financeiras de três gráficas que trabalharam para a chapa Dilma Rousseff e Michel Temer. Essa operação envolve agentes, técnicos e peritos da Polícia Federal, da Receita Federal e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), além de integrantes do TSE.
Eles avaliam as movimentações bancárias das gráficas Focal, Rede Seg e VTPB, que tiveram seus sigilos bancários quebrados. Um primeiro laudo contábil de peritos do tribunal concluiu que as empresas não apresentaram documentos que comprovassem a entrega, na totalidade, dos produtos e serviços contratados pela chapa.