
O texto do manifesto começa com um desagravo à demissão da diretora da Cinemateca, Olga Futemma, e seu quadro técnico. Critica a nomeação do produtor Oswaldo Massaini Filho para substituí-la e aponta contradição na justificativa apresentada pelo governo federal de que a ação visa promover ?o desaparelhamento do MinC? e ?valorizar o servidor de carreira?:
“Olga Futemma é funcionária de carreira, tendo se dedicado à Cinemateca desde 1984, onde se aposentou em 2013. Retornou à Cinemateca como coordenadora há exatamente um ano. Não é filiada a partido político, nem milita politicamente. O seu sucessor, já anunciado, não é servidor público, nem atua no campo da cultura audiovisual. Pela primeira vez, a indicação de um coordenador-geral não partiu do Conselho Curador, violando prática adotada nos últimos 30 anos pelos sucessivos governos.”
A Cinemateca Brasileira, diz o manifesto, é um museu e seu lugar é junto ao Museu Nacional de Belas Artes, Museu Histórico Nacional, Museu Imperial, Museu da República:
“O governo interino recentemente teve a sensatez de recuar na extinção do Ministério da Cultura. Podia agora demonstrar igual prudência ao revogar as demissões que impactaram seus órgãos. E no caso da Cinemateca Brasileira, em reconhecimento pelos seus 70 anos, e pelo centenário de seu fundador Paulo Emílio Sales Gomes, ambos celebrados neste ano, devolver-lhe a verdadeira identidade de um museu moderno, vinculando-o ao Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).”