
O tratamento para essas doenças pode impactar a sexualidade das pacientes e, por isso, a equipe do ambulatório será formada por enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e psiquiatras. Eles orientações sobre quais limitações cada mulher terá ? de acordo com o tipo de tratamento ao qual cada uma for submetida ? e sobre como essas mulheres podem adequar sua prática sexual a essas limitações.
? O câncer em si afeta a sexualidade, pode trazer prejuízos para a autoestima, qualidade de vida, relacionamento com o parceiro ou parceira, dor durante a relação sexual e diminuição do desejo ? destaca a enfermeira Letícia Farinha Silva, que faz parte da equipe. ? O que queremos é orientar cada mulher de acordo com a demanda que ela trouxer a respeito.
A enfermeira Carmen Lúcia de Paula, que atua há dez anos no Inca, está acostumada a ouvir dúvidas e receios de mulheres em tratamento de cânceres ginecológicos. Segundo ela, esta é uma “demanda permanente”, desde o momento em que a mulher recebe o diagnóstico.
? A mulher precisa de tempo, atenção e oportunidade para tratar de assuntos como a sexualidade e encontrar proteção, atendimento integral, profissionais que a enxergam como um todo, dentro do Sistema de Saúde. É muito importante ir além do tratamento da doença, compreender a mulher e cuidar dela de modo integral ? pontua Carmen.
O ambulatório funcionará em uma sala exclusiva no HC II, sempre às quintas-feiras, das 8h às 17h. As pacientes poderão ir às consultas acompanhadas de seus parceiros, familiares ou amigos. Pelo menos por enquanto, o atendimento será feito apenas às mulheres que fazem tratamento contra o câncer no Inca. Elas serão encaminhadas pelos seus próprios médicos.