
Sob os termos do acordo de paz assinado em novembro, as Farc deixam as armas, rompem seus laços com o tráfico de drogas, se submetem aos tribunais e reparam as vítimas, antes de serem autorizadas a ocupar cadeiras no Congresso e formar um partido com os seus 7.000 combatentes.
O novo movimento chamado “Vozes da Paz” promoverá a criação do futuro partido político que vai surgir da transição das Farc como um grupo armado a uma organização política legal. Deste grupo não fazem parte membros ativos da guerrilha.
“Este é o primeiro passo para que o futuro desta organização possa ser reconhecida como partido ou movimento político com personalidade jurídica, após a rendição das armas”, disse uma declaração conjunta do governo e do grupo rebelde.
O novo grupo nomeou três porta-vozes para o Senado e três para a Câmara dos Deputados para participar sem voto das discussões sobre a reforma constitucional e as leis para implementar o acordo de paz, com o qual se busca acabar com o conflito que deixou 220 mil mortos e milhões de desabrigados.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e o líder das Farc, Rodrigo Londoño, assinaram em 24 de novembro um novo acordo após o original ter sido rejeitado em um plebiscito.