Cascavel – Os produtores rurais que esperam pela chuva para o melhor desenvolvimento do milho safrinha, ainda não têm motivos para comemorar. Pelo contrário, eles têm muito com o que se preocupar.
Hoje pode até ocorrer pancadas isoladas e ocasionais, mas são pouco significativas para encharcar o solo e isso coloca lavouras inteiras em alerta. A situação piora porque não há previsão de chuva para os próximos dias, ao menos não até o fim de semana.
Segundo o técnico do Deral (Departamento de Economia Rural), do Núcleo Regional da Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento) de Cascavel, J. J. Pértille, ao menos 75% das lavouras estão suscetíveis. Isso significa que o alerta mais preocupante vai para mais de 283 mil hectares de milho. A última chuva expressiva registrada na região foi no dia 24 de março. Segundo o Instituto Tecnológico Simepar, foram 65 milímetros. No dia seguinte (25), foram mais 13 milímetros e desde então, são pancadas que pouco servem para quantificar os índices pluviométricos. Notamos no campo que a falta de chuva já está comprometendo, pois esta é a fase da formação de grão. O milho precisa, com urgência, de umidade, afirma o técnico. Segundo Pértille, existe um limite que o cereal tolera e quem fez uma adubação mais pesada, tende a resistir um pouco mais, mas este prazo também está se esgotando.
Outro fator que causa preocupação são as temperaturas muito altas. Estas duas situações fazem com que a partir de agora a gente comece a registrar quebra, não podemos afirmar quanto, mas elas virão, pois se pode notar a má formação da espiga, reconhece.
Na regional de Cascavel, composta por 28 municípios, foram cultivados 378 mil hectares de milho safrinha e a estimativa inicial de produção é de 2,5 milhões de toneladas.