São Paulo – As incertezas eleitorais voltaram a pesar sobre o mercado doméstico, levando o dólar a subir 0,74%, para R$ 3,6267, a maior cotação desde 7 de abril de 2016. A divisa chegou a abrir em baixa, mas inverteu o sinal e chegou a romper os R$ 3,64. O mau humor foi em reação à pesquisa CNT/MDA sobre intenções de voto para a Presidência, que mostrou crescimento das intenções de voto para o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), considerado antirreformista, enquanto o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), alinhado com o mercado, mantém-se com desempenho fraco. A oferta de swaps cambiais pelo Banco Central tem sido insuficiente para conter a escalada do dólar, que também se valorizou frente a boa parte de outras moedas fortes e emergentes.
Essa é a maior cotação da moeda americana desde 7 de abril de 2016, quando fechou a R$ 3,6855. Naquela data, o mercado avaliava que haviam caído as chances de um impeachment da presidente Dilma Rousseff, por conta das articulações que o governo fazia em Brasília,inclusive com a ajuda de Lula.
O Índice Bovespa iniciou a semana exibindo pouco fôlego para avançar além das suas melhores marcas do ano. Depois de ter alcançado alta superior a 1% pela manhã, o indicador perdeu fôlego, virou para o negativo ao longo da tarde e terminou o pregão estável, aos 85.232,18 pontos (+0,01%). Os negócios somaram R$ 12 bilhões.