Cascavel – Prática adotada por países como a Itália, as férias coletivas se tornam tendência em grandes centros brasileiros e em tempos de crise financeira também passam a ser uma alternativa para aliviar o cansaço de funcionários e o bolso de empresários da região Oeste do Paraná, além de evitar possíveis demissões.
Em prefeituras, serviços públicos e estabelecimentos de ensino, a pausa prevista para o fim do ano não é exclusividade de 2015. No entanto, para alunos de colégios estaduais as férias começarão um pouco mais tarde, no início de 2016, por conta da greve que neste ano atrasou o calendário escolar.
Enquanto o comércio aproveita o mês de dezembro para ampliar o horário de atendimento ao público e vender mais, outros segmentos optam por fechar as portas. Para a indústria de plásticos que Valdinei Bobato administra não há razões em continuar os serviços neste período do ano.
“Normalmente, os clientes que necessitam dos nossos produtos, já anteciparam as compras para o estoque. Esse é um período de baixo consumo e, portanto, decidimos pelas férias coletivas”, diz o empresário.
A partir do dia 21 de dezembro, a indústria entra em férias coletivas e retorna o expediente no dia 4 de janeiro de 2016.
“Essa decisão já ocorre há três anos. Já tivemos redução de gastos nos períodos anteriores e com certeza neste ano será ainda melhor”, afirma Bobato.
Conforme o empresário, a expectativa é de que a mão de obra poupada por 15 dias traga um retorno melhor para a empresa quando retomada. “Esse período é fundamental para a equipe descansar de suas atividades. Vemos as férias coletivas de maneira positiva, pois quando retomamos o trabalho, todos voltam renovados e com mais ânimo”.
A mesma opinião defende o empresário Vilson Basso.
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“É melhor que os funcionários tenham alguns dias para descanso e voltem com mais disposição para o período em que a produção exige mais esforço”, comenta ele que é proprietário de uma fábrica de enxovais.
O trabalho com as máquinas encerrou na quinta-feira e o setor administrativo para neste sábado.
“Todos conseguem duas semanas de férias e o restante dos dias compensamos depois de junho que é um período mais tranquilo para a fábrica”, acrescenta Basso.
Sindicatos descansam
Trabalhadores de 40 indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico de Cascavel e região terão férias coletivas. O sindicato que representa essa categoria informa que não terá expediente no dia 24 e 31/12.
O Sintravest (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Cascavel e Região) já paralisou os serviços e volta a atender no dia 06 do ano que vem.
Aviso com antecedência. Conforme o Ministério do Trabalho e Emprego, o período de férias coletivas normalmente coincide com as festas de fim de ano, abrangendo, no mínimo, as datas de Natal e Ano Novo.
As empresas têm como obrigatoriedade informar com antecedência mínima de 15 dias, o órgão local do MTE, os seus empregadores e a entidade sindical profissional sobre as férias coletivas. Em 2014, cerca de cinco mil empresas de Curitiba e região metropolitana fizeram o comunicado.
