Cascavel – Integrantes da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados vieram ontem a Corbélia e Cascavel para conversar com os integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) presos pela Polícia Civil durante a Operação Castra. O objetivo foi verificar as condições dos presos e se os direitos deles estão sendo respeitados.
Participaram da visita os deputados federais Dionilso Marcon (PT), Padre João (PT) e Zeca Dirceu (PT), que se fizeram acompanhar do deputado estadual Professor Lemos (PT) e dos vereadores Paulo Porto (PC do B) e Professor Paulino (PT).
A primeira parada foi na cadeia pública de Corbélia, onde está detida Fabiana Braga. Após cerca de 40 minutos, a comitiva seguiu para a PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel) para falar com os outros sete integrantes do MST, dentre eles Claudelei Torrente de Lima, vereador eleito pelo PT de Quedas do Iguaçu.
A vinda dos deputados à região ocorreu depois que o movimento alegou que seus integrantes detidos na operação não estariam em boas condições para permanecer na PEC. As visitas foram acompanhadas por advogados do MST e agora os deputados devem elaborar um relatório sobre a situação dos presos.
Após a visita em Cascavel, a comissão seguiu para Quedas do Iguaçu para um almoço no Acampamento Dom Tomas Balduíno. Durante a tarde, os deputados participaram de uma reunião com autoridades policiais e judiciárias, bem como de uma audiência pública na Câmara de Vereadores daquela cidade. Hoje eles se reúnem com famílias atingidas pela Hidrelétrica de Baixo Iguaçu, em Capanema.
OPERAÇÃO CASTRA
De acordo com a Polícia Civil, os presos na Operação Castra atuavam como uma espécie de milícia dentro do movimento, impondo suas próprias regras aos demais integrantes. Eles estariam se utilizando da estrutura do MST para a prática de diversos crimes na região de Quedas do Iguaçu.