
O chefe de Estado boliviano inicia seu 12º ano no poder com um índice de popularidade de 58%. Apesar de ter perdido o referendo para modificar a Constituição e lhe permitir concorrer a mais um mandato, Morales indicou que não vai desistir e estuda mecanismos constitucionais para entrar na disputa.
Ao anunciar seu novo Gabinete, o presidente pediu a cada ministro que apresente em dois meses um plano para acabar com a burocracia e atender melhor à população.
? É preciso continuar trabalhando e planejando ? disse Morales em seu discurso, assegurando que seu Gabinete trabalhará ainda para eliminar problemas como a ?microcorrupção? nos ministérios.
O presidente antecipara que iria formar um ?Gabinete político?, focado na chamada Agenda 2025 ? considerada a maior estratégia do Estado. Ao todo, ele nomeou dez novos ministros. A renúncia do Gabinete é uma prática habitual a cada 22 de janeiro, data em que Morales entrega um relatório de gestão à nação.
Uma das principais mudanças foi a de Choquehuanca, que entrou logo no início do governo Morales, em 2006, e agora será substituído pelo advogado Fernando Huanacuni. Outro nome de peso que deixa o governo é o principal assessor político do presidente, Juan Ramón Quintana, cujo cargo será ocupado pelo ex-parlamentar René Martínez.
Morales eliminou as pastas de Transparência e Autonomia, e criou a de Energia. O único que permanece desde o início do governo é o ministro de Economia, Luis Arce.