
? Era uma profissional impressionante. Num dos planos econômicos, ela refez os cálculos da tablita de correção de preços e encontrou erro. Avisamos à equipe econômica, que reconheceu o erro e republicou a tablita. Ela era assim, uma jornalista de economia em busca da exatidão, da informação tecnicamente correta. Todo mundo gostava dela, trabalhava sempre para superação de conflito.
Seu último trabalho foi na chefia da Assessoria de Comunicação da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Carlos Thadeu de Freitas, economista-chefe da entidade, diz que Cristina abriu a CNC, introduzindo transparência ?enorme aos dados?.
? Ela conseguiu unificar os nossos dados econômicos e mostrá-los.
Cristina também atuou no ?Valor Econômico?, na equipe que começou com a fundação do jornal em 2000, nas assessorias de imprensa da Light e da Confederação Nacional da Indústria.
A filha, também jornalista, Joana Calmon é a cara da mãe. E isso sempre foi motivo de orgulho:
? Sempre me compararam à minha mãe, fisicamente, pelo jeito e até pela voz. Ela era um exemplo: linda, elegante, generosa e amada por todo mundo. Ela me transmitiu a paixão pelo jornalismo. Era uma guerreira, agarrando-se à vida até o último momento.
Cristina Calmon morreu nesta quarta-feira no Hospital Samaritano, na Barra, depois de lutar por seis anos contra um câncer. Deixa o viúvo, Sergio Gusman, dois filhos, Joana e Pedro, e as netas Marie e Valentina. O velório acontece nesta quarta-feira, a partir das 11h, na Capela Histórica da Ordem Terceira da Penitência, ao lado do Memorial do Carmo, no Caju. A cremação será às 16h.