JUBA ? Apenas poucos dias após a ONU ter declarado oficialmente que o Sudão do Sul sofre de uma crise de fome, o governo do paísl aumentou em cem vezes os custos para os agentes humanitários que quiserem trabalhar para ajudar a população local. As taxas passaram de US$100 para até US$10 mil, enquanto mais de 1 milhão de pessoas estão à beira da fome. Na semana passada, o presidente prometeu que as organizações humanitárias teriam total acesso às comunidades que sofrem com a crise de alimentação.
Agora, os grupos de ajuda pressionam por uma justificativa para o aumento de custo, que dificulta o seu trabalho em favor da população local. A nova taxa se aplica para todos os trabalhadores estrangeiros no país e, segundo o governo, foi instituído para aumentar a renda do governo.
? É uma medida errada na hora errada. Se entrar em vigor, é obviamente uma hora terrível para isso, em um país onde 100 mil estão passando fome e outros 1 milhão são considerados à beira da fome. O mero fato de que eles tenham avançado com a medida é preocupante ? disse Joel Charny, diretor da Norway Refugee Council USA, que trabalha na capital do Sudão do Sul, Jubam ao “Guardian”.
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Charny ainda disse que a medida deverá representar um retrocesso para o trabalho das ONGs. E acusou o governo de querer ganhar dinheiro sobre o trabalho humanitário.
? É apenas mais uma forma de fazer dinheiro. Em muitos países, a comunidade de ONGs internacionais é vista como um alvo fácil para arrecadação de renda porque eles sabem que queremos ficar.
