Brasília – O Palácio do Planalto anunciou ontem que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deixará o cargo. Após deixar a pasta, Cardozo irá assumir a AGU (Advocacia-Geral da União), no lugar de Luís Inácio Adams, que também deixará o posto.
Para o lugar de Cardozo, o governo convidou o procurador baiano Wellington Cesar Lima e Silva, que atuou no governo da Bahia na gestão Jaques Wagner, atual ministro-chefe da Casa Civil.
O governo também anunciou ontem o nome de Luiz Navarro para assumir a CGU (Controladoria-Geral da União). Ele substituirá Carlos Higino, que estava interinamente no comando da CGU, desde que Valdir Simão foi deslocado para o Ministério do Planejamento no final do ano passado.
No posto desde janeiro de 2011, Cardozo era um dos principais conselheiros políticos da presidente Dilma Rousseff, mas vinha sofrendo pressão por parte do PT por não controlar as atividades da Polícia Federal, especialmente nas investigações da Operação Lava Jato.
A propósito da saída de Cardozo da Justiça, Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal divulgou nota na qual manifestou “extrema preocupação” com a eventual mudança na pasta. Para a entidade, a saída dele se daria por “pressões políticas para que controle” os trabalhos da PF.
A saída de Cardozo ocorre em meio ao processo de impeachment que a presidente enfrenta na Câmara dos Deputados. Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral analisa, a pedido do PSDB, se houve abuso de poder econômico por parte da campanha que a reelegeu em 2014.