Cascavel – A denúncia da existência de fantasmas no Cisop, além de requentada, pois já foi investigada em 2013 pelo Gaeco, serve para transferir a responsabilidade e confundir a opinião pública sobre o verdadeiro problema enfrentado pela saúde pública de Cascavel e região: a interferência de políticos mal intencionados e interessados apenas no voto de pessoas desesperadas que só tem no SUS a esperança de cura para as suas doenças.
Essa afirmação consta de release distribuído na quarta-feira (17) pela assessoria de imprensa do Cisop (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná) e é atribuída diretamente ao presidente Darci Tirelli como resposta à notícia de que a Câmara de Cascavel já vem coletando assinaturas para a abertura de uma CPI destinada a investigar o consórcio.
A CPI está sendo articulada pelo presidente do Legislativo, vereador Gugu Bueno, que anunciou o início da coleta de assinaturas da tribuna da Casa, durante a sessão de segunda-feira. A iniciativa, segundo ele, se destina a investigar a suposta existência de funcionários fantasmas e de malversação de dinheiro público no consórcio.
O Cisop não teme a CPI, apesar de não haver legitimidade para isso por parte do Legislativo local, já que o consórcio não é apenas de Cascavel, e sim de 25 municípios da região, afirmou Tirelli.
Já o vereador Gugu Bueno garantiu que a Câmara cascavelense tem competência para criar a CPI do Cisop.
O consórcio é bancado com 56% de recursos da Prefeitura de Cascavel e deve prestar contas disso. A Câmara tem o direito de saber onde está sendo aplicado esse dinheiro e não acredito que alguém vai ser contra uma ação fiscalizadora, assegurou. Para a criação da comissão é necessário o apoio de 1/3 dos 21 vereadores.