Cascavel – Os vereadores de Cascavel aprovaram ontem, em duas sessões extraordinárias, o reajuste anual de 12% dos servidores municipais. Porém, os servidores só atingirão o total do índice em setembro, uma vez que o aumento foi dividido em três parcelas – 4% em maio, 4% em julho e o restante em setembro.
A votação teve protesto dos servidores, incluindo os professores, que eram contrários ao parcelamento do reajuste e do abono salarial. Este benefício atinge somente os educadores que ainda não recebem o piso nacional dos professores.
Para compensar a diferença, a prefeitura concede o abono aos profissionais do magistério público da educação básica. De acordo com o Siprovel (Sindicato dos Professores de Cascavel), cerca de 350 professores recebem o abono, o que representa quase 20% do total da categoria. A questão gerou um intenso debate em plenário entre os vereadores.
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Para os vereadores Paulo Porto (PCdoB), Professor Paulino (PT), Pedro Martendal (PV) e João Paulo (PSD), os docentes deveriam ter seu salário reajustado para adequar-se ao piso nacional dos professores, que é de R$ 2.135,64. “Faltam 150 professores na rede municipal e porque é que nós estamos perdendo esses grandes profissionais? Porque o salário não é atrativo”, afirmou Paulino.
Por outro lado, os vereadores Claudio Gaiteiro (PSL) e Luiz Frare (PDT) defenderam a proposta enviada pelo prefeito Edgar Bueno (PDT). “O percentual dado é adequada ao orçamento. O prefeito teria a maior vontade de dar um reajuste maior, mas não pode comprometer o limite de gastos com pessoal nem o próximo gestor o município”, afirmou Gaiteiro, que é o líder de governo na Câmara.
