Cotidiano

Após decisão do STJ, Adriana Ancelmo ainda passa fim de semana presa

63198836_Adriana Ancelmo aparece com uniforme semelhante ao de Cabral em fot.jpgRIO – A ex-primeira-dama Adriana Ancelmo ainda deve passar este fim de semana presa na ala feminina de Bangu 8, no Complexo de Gericinó. Na noite de sexta-feira, a ministra Maria Thereza de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), concedeu uma liminar autorizando a prisão domiciliar de Adriana. No entanto, antes de a ex-primeira-dama ir para casa, o apartamento dela deverá ser vistoriado pela Polícia Federal, que verificará se não há no imóvel nenhum aparelho de comunicação, como celulares e computadores, além de linhas telefônicas e acesso à internet.

A decisão do STJ, de caráter provisório, reestabelece o que havia sido decidido pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal. No último dia 17, Bretas estabeleceu condições para que Adriana fosse para a prisão domiciliar: ela deve ficar em um imóvel sem linha telefônica e sem acesso à internet. O apartamento, porém, precisaria passar por uma vistoria. A defesa apresentou um laudo semana passada para apontar que os aparelhos de comunicação tinham sido retirados do imóvel e as linhas telefônicas e internet tinham sido cortadas.

O advogado Luis Vieira, que defende Adriana, disse ao GLOBO que logo na manhã de segunda-feira vai apresentar uma nova documentação para reafirmar que o apartamento continua nas condições impostas por Bretas para a prisão domiciliar e solicitará a vistoria da PF.

– Esperamos que isso aconteça no decorrer de segunda-feira para ela sair até terça-feira – disse o advogado.

Bretas havia atendido um pedido da defesa, em função de Adriana ter dois filhos menores, um de 11 e outro de 14 anos. A decisão, contudo, foi derrubada três dias depois pelo desembargador Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), a pedido do Ministério Público Federal (MPF). Na ocasião, o magistrado argumentou que o benefício representava uma quebra de isonomia com as milhares de mães presas que não recebiam o mesmo benefício. O STJ, então, reformou a decisão.

NOTÍCIA PELA IMPRENSA

O advogado de Adriana disse que, provavelmente, ela deve ter sabido da decisão do STJ pela imprensa.

– Acho que na unidade tem TV e rádio – afirmou Vieira, explicando que, desde a decisão do STJ, nenhum dos advogados foi visitar a cliente.

Presa desde dezembro do ano passado, Adriana é ré em quatro processos por crimes como organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro.