
No final dos anos 1990 a CB600F Hornet redefiniu os parâmetros do que deve ser uma motocicleta naked. Compacta, potente e ágil, foi sendo sucessivamente aperfeiçoada, tornando-se cada vez mais eficiente e divertida de pilotar. A Hornet saiu de linha e entrou para a história como uma das Honda mais excitantes e adoradas de todos os tempos.
Mais de duas décadas depois o nome Hornet retornou, não através de um único modelo, mas por meio de uma família completa. Inaugurada com a Honda CB500 Hornet e agora complementada com a agressiva CB750 Hornet, tais motocicletas visam atender não apenas os fãs das naked como incorporar toda a tecnologia contemporânea sem, no entanto, deixar de lado o significativo legado que o nome Hornet encerra.
A Honda CB750 Hornet representa algo de verdadeiramente especial no diversificado segmento naked, tanto pela herança dos modelos anteriores como por reinventar – com um toque de modernidade – a experiência de pilotagem cheia de adrenalina, que proporciona a mais pura diversão em qualquer tipo de estrada.
O design criado no centro de R&D da Honda em Roma, na Itália, mirou atrair os motociclistas ansiosos por um estilo diferenciado, marcadamente agressivo, com um desempenho de referência oferecido pelo novíssimo motor bicilíndrico que se caracteriza pelo desempenho equilibrado e torque consistente desde os mais baixos regimes, além de contar com uma eletrônica embarcada de alto nível. O conjunto de suspensões assinado pela Showa e um moderno chassi de aço tipo Diamond permite desfrutar da característica maneabilidade das Hornet. O visual minimalista, com superfícies afiladas, bem definidas, confere à CB750 Hornet grande personalidade, na qual o equilíbrio entre desempenho do motor e parte ciclística resulta em uma motocicleta homogênea e equilibrada, na qual a agilidade e maneabilidade são destaque.
Motor
O motor da CB750 Hornet incorpora plenamente o avançado estágio da engenharia Honda em um pacote compacto. O motor bicilíndrico paralelo de 755 cc entrega 69,3 cv de potência máxima e 7,04 kgf.m de torque, cifras que se beneficiam da otimização derivada de um elaborado sistema de gestão eletrônica que oferece cinco modos de pilotagem selecionáveis.
O sistema Unicam de 8 válvulas, popularizado nas CRF450 de competição, utiliza dutos de aspiração por vórtice (Vortex Flow Duct) descendentes, que garantem combustão ideal. O virabrequim com ângulo de 270° proporciona excelentes sensações de pilotagem e muita personalidade; a engrenagem primária também aciona o eixo de equilíbrio, enquanto a caixa de câmbio de 6 velocidades conta com embreagem assistida e deslizante. Os sistemas eletrônicos de assistência à pilotagem são possíveis graças ao comando de acelerador TBW – Throttle-By-Wire. Os cinco modos de pilotagem (dois dos quais totalmente personalizáveis) combinam três níveis de HSTC – Honda Selectable Torque Control, integrado ao Whellie Control (antiempinada), e três níveis de ajuste de potência e freio-motor.
A ciclística de referência faz parceria com o motor para dar à CB750 Hornet desempenho equilibrado. O chassi de aço tipo Diamond que se destaca pela leveza graças à rigidez otimizada pelo diâmetro dos tubos e espessura de suas paredes. Para garantir a máxima agilidade e o melhor feedback para o piloto, a escolha das suspensões recaiu sobre uma unanimidade da atual tecnologia: a suspensão dianteira invertida Showa SFF-BP™ Ø 41 mm e o monoamortecedor Showa vinculado ao sistema Pro-Link. Pinças duplas de quatro pistões com montagem radial garantem uma frenagem consistente e controlável, enquanto as dimensões dos pneus foram escolhidas para garantir altos níveis de aderência e agilidade: dianteiro 120/70 combinado com um pneu traseiro de 160/60.
A riqueza de especificações técnicas da CB750 Hornet é enfatizada pelos faróis de LED emoldurados por uma agressiva carenagem, que confere ao modelo um visual esportivo. O painel TFT colorido de 5 polegadas assim como o comando de punho esquerdo retroiluminado são requintes que se unem aos indicadores de direção que se desativam automaticamente e ao sistema ESS – Emergency Stop System.
Design
A silhueta da CB750 Hornet tem como ponto de destaque o tanque, cujo formato foi inspirado na asa da vespa – Hornet, em inglês. A parte frontal, angulosa e agressiva, se une às formas essenciais da rabeta, resultando em um estilo verdadeiramente radical, como convém a uma naked esportiva.
O grupo óptico frontal é formado por um farol único full-LED com projetor duplo, compacto e potente, emoldurado por uma carenagem essencial cujas linhas enfatizam a natureza esportiva do modelo.
O assento está a uma altura de apenas 795 mm, o que facilita o uso pela maior parte de motociclistas de qualquer gênero. A posição de pilotagem é ereta, com as pedaleiras ligeiramente recuadas, para oferecer uma postura natural. O guidão largo garante uma pegada segura e controle absoluto em qualquer velocidade.
O painel TFT colorido de 5 polegadas se vale de uma nova tecnologia que melhora a visibilidade em ambientes com muita luz. Uma resina especial é aplicada entre a camada superior do painel e o próprio display, reduzindo os reflexos e aumentando a iluminação de fundo. As diversas funções do painel podem ser acessadas através do comando retro iluminado situado no punho esquerdo.
Sistema elétrico simplificado
O sistema elétrico foi simplificado usando a tecnologia de cabeamento CAN – Controller Area Network, que atua em paralelo com a BCU – Body Control Unit, localizada sob o assento do condutor, que processa instantaneamente os sinais de controle do módulo do sistema ABS, do painel TFT e do comando de quatro vias no guidão esquerdo, deixando à ECU apenas o controle de parâmetros dinâmicos.
Os indicadores de direção são equipados com ESS – Emergency Stop System, que a partir de 56 km/h, em caso de uma desaceleração mínima de 6,0 m/s², aciona os indicadores de direção para alertar os outros usuários da via sobre a frenagem brusca. Se o ABS for acionado, o limite mínimo de intervenção é reduzido para uma desaceleração de 2,5 m/s², um método inteligente e seguro que reconhece condições de baixa aderência.
Os indicadores de direção também são desativados automaticamente, não com base em um simples temporizador, mas sim por meio de sensores que permitem reconhecer curvas e a mudança no sentido de direção.