Aprovados desde julho do ano passado no concurso da GM (Guarda Municipal) de Cascavel, 76 candidatos já deveriam ter começado o curso de formação, que é fornecido pela Polícia Militar. Só que o curso empacou e a reclamação de alguns candidatos é de que vários aprovados deixaram o emprego em que estavam para assumir o cargo. Eles pediram até intercessão de vereadores de Cascavel para tentar acelerar o processo para que os aprovados assumam logo os cargos.
O curso de formação travou porque o convênio feito com a Polícia Militar ainda na gestão passada foi “mal detalhado”. Para que a PM conceda a formação aos guardas, a prefeitura daria uma contrapartida para a construção do estande de tiro. Só que, na gestão passada, isso não aconteceu. “Esse convênio mal feito dificulta a execução do repasse que devemos à polícia. Além disso, precisarei repassar os R$ 150 mil deste ano para a polícia e ainda tenho que acertar o que ficou da gestão passada, do mesmo valor”, esclarece o prefeito Leonaldo Paranhos, que está em tratativas com o comando da PM para resolver o assunto.
De acordo com a direção da Guarda Municipal, os aprovados de julho do ano passado já passaram por todos os testes e agora a Polícia Militar trabalha na investigação social dos candidatos, que aguardam o início do curso.
Sem emprego
Muitos candidatos já deixaram o emprego. Wando Moraes de Oliveira Branco está há três meses sem trabalho só esperando assumir o cargo de guarda municipal. “Enquanto não fizermos a pré-admissão não ganhamos nada e, baseado no que ocorreu na outra turma, acreditamos que isso seja feito 15 dias antes do início do curso. A partir daí começamos a receber um salário de em média R$ 1.500.”
Segundo ele, quando entregou os documentos obrigatórios recebeu a previsão de que o curso começaria na metade do ano e por isso pediu demissão da empresa onde trabalhava como vigilante.