Foz do Iguaçu – Depois de registrar uma queda na produção de energia principalmente no mês de julho, em agosto Itaipu Binacional registrou uma reação nos números. Por conta da crise hídrica na região, em julho a produção não passou de 6,389 milhões de MWh (Megawhats/hora), já em agosto fechou com 7.456.873 MWh, superando também o número produzido em agosto de 2017, quando a produção foi de 7,233 milhões de MWh. Contudo, apesar de agosto ter sido melhor que julho, ainda é considerada uma geração baixa de energia.
De acordo com Itaipu, algumas chuvas pontuais registradas em agosto melhoraram a situação hídrica de forma momentânea, mas a crise hídrica continua.
A queda na produção vinha sendo registrada de forma gradual desde maio. Se comparados os meses de maio a julho de 2017, quando foram produzidos 22,75 milhões de MWh, no mesmo período de 2018 foram produzidos 11,4% a menos, chegando a 20,16 milhões MWh.
De acordo com Itaipu, a produção nos meses de janeiro a abril deste ano havia superado em 10,5% a produção dos mesmos meses de 2017.
Expectativa
Com a chegada da primavera a demanda de energia elétrica aumenta, por isso a expectativa é que a produção se mantenha ou registre aumento nos próximos meses. Porém a previsão para o mês de setembro é de que seja um mês seco, com poucos registros de chuva.
Reflexos
A queda na produção de energia refletiu diretamente no repasse de royalties de compensação hídrica aos municípios que tiveram áreas alagadas pelo Lago de Itaipu na construção da usina. Mesmo com a mudança no repasse que traria um aumento de 20 pontos percentuais no montante repassado, em julho houve uma queda de 30% nos royalties recebidos pelas prefeituras.
Segundo a Itaipu, o aumento da produção melhora o repasse de royalties, mas é sempre bom lembrar como é calculado este valor, visto que a geração de energia não é o único fator aplicado para este cálculo. Além da produção o valor dos royalties é determinado também pelo fator de ajuste do dólar e a taxa de câmbio.