Uma assembleia extraordinária do Sinetrapitel (Sindicato dos Empregados de Empresas de Transporte de Passageiros Intermunicipal, Interestadual e Turismo de Cascavel) avaliará o pedido de exclusão do diretor e tesoureiro da entidade, Cláudio Francisco Mistura. A votação será neste sábado (16), com primeira chamada às 9h – em segunda às 10h – na Associação do Centralito. Para tentar angariar votos a favor da cassação, um churrasco está sendo cogitado ao fim da apreciação.
O atual presidente, Sérgio Machado dos Santos, abriu processo alegando que o tesoureiro estaria faltando com os compromissos. Hoje, diante da medida administrativa, Mistura pretende se defender das acusações. Ele antecipou que tudo não passa de uma divergência política na entidade, devido à articulação de Mistura para a montagem de uma chapa para a eleição que deve ocorrer até 28 de outubro. “É uma tentativa de me retirar do sindicato. Há muito tempo não concordo com as atitudes praticadas pelo presidente e a decisão de compor uma chapa fez com que ele tomasse essa decisão”.
Mistura, que já foi presidente por três mandatos no Sinetrapitel, diz que chegou a ser impedido de questionar gastos suspeitos, mesmo ele exercendo cargo de tesoureiro. “Mudaram a senha do computador para que não tivesse acesso aos dados – só podia ver aquilo que o presidente queria. Além disso, mudaram a fechadura do sindicato para que eu não tivesse mais acesso”.
Entre as demais acusações, o ex-presidente diz que o sindicato começou a abrir as portas às 9h e fechar às 16h, limitando o acesso dos sindicalizados. A retaliação da atual presidência é vista por Mistura como uma “facada nas costas”. “Quando ele começou a fazer o Curso de Direito, consegui meia bolsa na faculdade e o sindicato pagou o restante. Na eleição passada, ele montou uma chapa me surpreendendo – queria me deixar fora do sindicato”.
A reportagem tentou contato com o sindicato, deixou o contato pessoal do repórter à secretária, mas não obteve resposta.
Reportagem: Josimar Bagatoli