BRASÍLIA – A equipe econômica desistiu, por ora, de contingenciar o Orçamento de 2016. Integrantes do governo afirmaram ao GLOBO que, depois uma avaliação do comportamento das receitas e das despesas até agora, a Junta Orçamentária (composta pelas pastas da Fazenda, Planejamento e Casa Civil) avaliou que não seria necessário, no momento, conter despesas para assegurar o cumprimento da meta fiscal do ano, fixada num déficit primário de R$ 170,5 bilhões, ou 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país).
Os técnicos vinham discutindo a possibilidade de contingenciar gastos em até R$ 20 bilhões ainda em julho. Isso seria devido a incertezas com a arrecadação decorrente do programa de repatriação, ao aumento de despesas obrigatórias e, também, à elevação do déficit fiscal dos estados, que renegociaram dívidas com a União e receberam ajuda financeira. No entanto, a avaliação agora é que ainda há espaço para acomodar esses rombos dentro da meta e que, se for necessário, um contingenciamento pode ser feito em setembro.