A conquista na piscina russa pode, no entanto, ficar ainda mais importante. Mais de 30 anos depois, os nadadores tentam provar que um ou mais integrantes do quarteto que ganhou a medalha de prata, da Alemanha Oriental, estava sob efeito de doping. E, assim, corrigir o que consideram uma injustiça histórica.
Baseados em relatos de um esquema sistemático de doping organizado pelo então país comunista entre as décadas de 1960 e 1980, a equipe brasileira ainda tenta evidenciar que o escândalo se estendeu aos nadadores alemães orientais.
Uma dos indícios seria a morte repentina de Frank Pfütze, parte do quarteto alemão, por ataque cardíaco, com apenas 32 anos.
Os brasileiros sabem, contudo, que é preciso um dado concreto para reverter o resultado. E lembrar que o Comitê Olímpico Internacional (COI) age rápido em fraudes descobertas durante a competição, mas reluta na hora de rever decisões anteriores.
Por isso, acionaram um amigo, um ex-nadador americano que mora na Alemanha, para tentar conseguir documentos sobre o caso.
? Tenho bastante consciência de que, para o COI, só uma prova bem concreta, embora a gente saiba, no fundo do coração, que isso aconteceu. Não há uma sangria desatada por isso. Mas mantemos essa chama acessa, a esperança de ter devolvido o que é nosso de direito ? torce Djan Madruga.
