Nos últimos anos, o computador migrou das mesas para os nossos bolsos, depois
para os nossos pulsos. O que virá depois?
Computadores, telas e sensores estarão ao nosso redor. Eu escrevi pela
primeira vez sobre a era das coisas inteligentes, agora chamada de Internet das
Coisas, em meu livro ?Smart Mobs?, em 2002.
Com as ?coisas? conectadas, como lidaremos com tantos dados?
A maioria das pessoas não saberá como lidar e nós veremos disrupções sociais
e divisões. O ritmo de mudança e a emergência das mídias digitais já estão
fazendo isso. Alvin Toffler cunhou o termo ?Choque do futuro? ainda na
década de 1970. A grande divisão já separa aqueles com know-how e os menos alfabetizados digitalmente.
Acesso ao conhecimento é agora mais uma divisão social que de acesso aos
dispositivos. Como sempre, enquanto muitos das gerações mais velhas sofrem para
se ajustar, aqueles nascidos neste bravo novo mundo ? aqueles com acesso a
aprendizagem e educação ? se adaptarão e vão remodelar suas vidas aos contornos
das novas tecnologias.
Para a indústria de mídia, a internet das coisas vai impor um novo desafio?
Agora nós vemos que cada pessoa com um smartphone é um repórter, senão um jornalista. Em
breve, todos os espaços públicos e privados terão a capacidade técnica para
fazer transmissão de vídeos. Todo lugar será um repórter. Caberá aos jornalistas
peneirar todos os dados para tentar determinar histórias verdadeiras. O
entretenimento já se transformou, com mais vídeos criados pelos usuários
publicados a cada alguns dias do que foi transmitido nos primeiros 50 anos da
televisão.
Nós podemos dizer que, agora, o mobile há está no passado, e nós devemos
pensar no que vem pela frente?
O mobile é parte do ambiente para mais de metade da população mundial. Quando
os dispositivos que carregamos e vestimos puderem ter acesso instantâneo, de
qualquer lugar, ao poder da computação em nuvem, o que nós considerávamos
milagre será parte do dia a dia. É só olhar o que aconteceu com os mapas, e o
que está acontecendo com a tradução.