PARIS O homem que matou um casal de policiais na cidade francesa de Magnanville teria transmitido o ataque ao vivo pelo Facebook. O Estado Islâmico reivindicou a ação criminosa, que, segundo fontes policiais, foi cometida por Larossi Abballa sentenciado à prisão por atividades jihadistas em 2013.
Segundo David Thomson, jornalista especializado na cobertura sobre o radicalismo islâmico, Abballa publicou um vídeo ao vivo enquanto realizava o ataque.
O policial, de 42 anos, levou várias facadas quando voltava para casa, por volta das 21h locais (16h de Brasília). Segundo testemunhas, ele teria gritado “Alá é grande” e teria jurado lealdade ao Estado Islâmico.
Policiais de elite se dirigiram posteriormente para o local do sequestro, onde tentaram negociar. De acordo com as autoridades locais, o suspeito não quis cooperar e foi “neutralizado” na hora da invasão. A mulher do agente foi achada morta logo em seguida.
As imagens mostrariam os momentos em que ele decidia o que fazer com o filho do casal, de apenas 3 anos. O menino sobreviveu sem ferimentos ao episódio e foi socorrido por uma equipe médica.
Na mensagem, ele relacionou a ação criminosa à Eurocopa, torneio de futebol atualmente sediado na França.
A Eurocopa será um cemitério, escreveu o criminoso na publicação.
Originário do Marrocos, o homem de 25 anos foi preso em 2013 por ajudar combatentes islâmicos a viajar ao Paquistão. Ele ficou sob a mira do serviço de segurança francês, segundo fontes policiais.
A identidade do responsável pelo ataque não foi oficialmente confirmada pelas autoridades francesas. A princípio, o ataque não teve terrorismo destacado entre as prováveis causas. Mas a agência Amaq, ligada ao Estado Islâmico, disse que “um combatente matou o vice-chefe da polícia de Les Mureaux e sua mulher”.